Presidente do STJ afirma que concederia nova prisão domiciliar a Queiroz
“Quantos estão sendo investigados por rachadinha?”, questionou João Otávio de Noronha, que se despede da presidência do STJ nesta quinta
atualizado
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O atual presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, afirmou que concederia novamente prisão domiciliar para o ex-policial militar Fabrício Queiroz e a esposa dele, Márcia Aguiar.
“Quantos estão sendo investigados por rachadinha? E só um está preso?”, questionou o magistrado, em entrevista à coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo. Ele vai deixar a presidência do STJ nesta quinta-feira (27/8).
Queiroz é investigado por participar da chamada rachadinha no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Noronha foi amplamente criticado após conceder prisão domiciliar ao casal. Na ocasião, Márcia Aguiar estava foragida da polícia e, ainda assim, pede voltar para casa com a decisão do presidente do STJ.
“Que o presidente [Jair Bolsonaro] veio me pedir algo sobre isso, isso é fofoca, futrica. Ninguém nunca falou comigo sobre isso”, disse, ao comparar com decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Noronha defendeu também que não foi machista durante a decisão ao dizer que Márcia Aguiar deveria ir também para a prisão domiciliar para cuidar de Fabrício Queiroz. O magistrado ressaltou que o ex-PM tem câncer.
“Não é que a mulher se destina a cuidar do homem, poderia ser o homem cuidando da mulher, ou poderia ser uma relação homoafetiva. O Queiroz está com câncer, não vai precisar que alguém cuide dele?”, prosseguiu.