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Presidente da Petrobras diz que empresa manterá política de preços

Estatal teve lucro de R$ 44,5 bilhões no primeiro trimestre, o que corresponde a alta de 3.718%. Presidente Bolsonaro criticou a empresa

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Jose Mauro Coelho
1 de 1 Jose Mauro Coelho - Foto: Flickr/Ministério de Minas e Energia

O presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, afirmou, nesta sexta-feira (6/5), que a estatal manterá a política adotada atualmente para definir o valor dos combustíveis – a qual consiste em seguir os preços praticados pelo mercado. A fala ocorreu durante participação do executivo em reunião da empresa para apresentar o balanço financeiro do primeiro trimestre.

Na quinta (5/5), a estatal anunciou lucro líquido de R$ 44,561 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado ficou muito acima do R$ 1,16 bilhão atingido no mesmo período de 2021. Na comparação anual, a elevação foi de 3.718,4%.

Segundo Coelho, os resultados constituem fruto de uma “gestão responsável que tem sido feita nos últimos anos”. “Não podemos nos desviar da prática de preços de mercado. É uma condição necessária para a geração de riqueza não só para a empresa, mas para toda a sociedade brasileira, fundamental para a atração de investimentos do país e para garantir o suprimento dos derivados que o Brasil precisa importar”, disse o presidente da estatal.

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)
No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo
O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis
Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado
A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível
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O preço da gasolina tem uma explicação! Alguns índices são responsáveis pelo valor do litro de gasolina, que é repassado ao consumidor na hora de abastecer

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)

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No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo

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O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis

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Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado

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A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível

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O disparo da moeda americana no câmbio, por exemplo, encarece o preço do combustível e pode ser considerado o principal vilão para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril, que corresponde a mais de R$ 400 na conversão atual

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A alíquota do ICMS, que é estadual, varia de local para local, mas, em média, representa 78% da carga tributária sobre álcool e diesel, e 66% sobre gasolina, segundo estudos da Fecombustíveis

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Críticas de Bolsonaro

A notícia do crescimento vertiginoso no lucro da estatal provocou reação do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em live, o mandatário do país declarou que é um “crime” e um “estupro” a empresa ter um lucro “abusivo” em períodos de crise. “Faço um apelo: Petrobras, não quebre o Brasil”, disse Bolsonaro, aos gritos.

“Eu não posso entender, durante a crise da pandemia e a guerra lá fora, a Petrobras faturar horrores. O lucro da Petrobras é maior que a crise. Isso é um crime, é inadmissível”, afirmou Bolsonaro.

Durante a transmissão ao vivo, o chefe do Executivo federal apelou para que a petrolífera não anuncie novo reajuste no preço dos combustíveis, pois o “momento é de guerra”, e o país pode “quebrar”.

Entenda

A expectativa do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) era que o lucro da Petrobras, no primeiro semestre deste ano, chegasse aos R$ 42,6 bilhões.

No trimestre, a receita de vendas ficou em R$ 141,641 bilhões, o que corresponde a alta de 64,4% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. A escala no valor é ligada ao conflito na Ucrânia, que impulsionou o aumento no preço do petróleo.

No primeiro trimestre deste ano, a estatal registrou a venda de 2,46 milhões de barris de petróleo e gás natural equivalente (boe) por dia. Os números são quase iguais ao patamar dos 2,45 milhões de barris do mesmo período do ano passado.

De acordo com o último balanço da estatal, a venda de derivados no primeiro trimestre teve escalada de 2% em comparação ao mesmo período do ano passado. A comercialização da gasolina teve alta de 17,3%; já o diesel sofreu 2,1% de queda.

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