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Presidente da CNI defende no Senado propostas de terceirização

Andrade apoia a legalidade da terceirização: é importante para dar segurança jurídica e formalizar o trabalho de milhões de pessoas

atualizado

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Jane de Araújo/Agência Senado
Entrevistas Diversas
1 de 1 Entrevistas Diversas - Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu hoje no Senado as propostas que tratam da regularização do trabalho terceirizado. Em encontro com o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), Andrade conversou sobre terceirização e outros projetos de interesse do setor produtivo.

“Vim conversar com Eunício sobre o ambiente de negócios da indústria brasileira e a expectativa que nós temos de melhoria desse ambiente através de algumas medidas que estão no Congresso e que são importantíssimas pra que a gente possa crescer mais, voltar a investir e gerar empregos, inclusive atraindo investimentos externos”, explicou Andrade.

Entre as medidas discutidas estão as mudanças da legislação trabalhista, a questão tributária e a regularização do serviço terceirizado. Segundo o presidente da CNI, a proposta defendida pela indústria amplia a possibilidade de terceirização para qualquer tipo de trabalho e especialidade, independente se é atividade-fim ou atividade-meio.

Andrade disse ainda que apresentou ao presidente do Senado um estudo que mostra que  “57% da população pesquisada acha que a regulamentação do serviço de terceirização é importante para dar segurança jurídica e formalização do trabalho de milhões de pessoas hoje que são terceirizadas”.

Garantias
Questionado sobre as garantias de proteção aos direitos do trabalhador, ele defendeu que ampliar a terceirização não pressupõe o não pagamento dos encargos trabalhistas e, que, portanto, não se trata de reduzir os custos das empresas. “Estamos tratando de uma terceirização especializada formal, legal, que contribua com todos os encargos trabalhistas, férias, FGTS, INSS. Quer dizer, não existe redução de custos através da terceirização. Existe uma formalização da terceirização, para através dela aumentar a competitividade. Mas com empresas legalmente constituídas”, defendeu.

Tramitam hoje no Congresso dois projetos de lei que visam regulamentar o trabalho terceirizado. O PL 4302/98, que aguarda votação na Câmara, depois de já ter sido apreciado pelo Senado. E o Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/2015, que ainda está em fase de debate nas comissões do Senado.

Eunício Oliveira afirmou que pode agilizar a votação dos projetos e propor alterações. “Se eles  chegarem à mesa, eu vou pautá-los, para que nós façamos uma compilação daquilo que o projeto anterior não contemplou. Principalmente do ponto de vista da segurança do trabalhador. Estou aberto para que a gente agilize e vote este projeto aqui”, afirmou.

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