Presidente da Caixa diz que não há como pagar auxílio emergencial sem filas
De acordo com o mais recente boletim do banco, divulgado por volta das 15h desta sexta, 50 milhões de pessoas haviam sido beneficiadas
atualizado
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O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse nesta sexta-feira (1º/05) que não há como pagar o auxílio emergencial de R$600 a 50 milhões de pessoas sem que existam filas.
Desde que o calendário do benefício foi liberado, trabalhadores com direito ao auxílio estão se aglomerando em filas para serem atendidos em agências da Caixa.
“Não há nenhuma possibilidade de se pagar 50 milhões de pessoas em 3 semanas e não existir fila. Não vou mentir. O que faremos é mitigar filas. O que faremos é que pessoas do Bolsa Família estarão segregadas de quem recebe em conta digital e informais. Porque são os públicos mais carentes”, disse Guimarães durante uma transmissão ao vivo.
O benefício, aprovado pelo Congresso e sancionado por Jair Bolsonaro, é destinado a trabalhadores informais, autônomos e vulneráveis atingidos pela crise do coronavírus.
De acordo com o mais recente boletim da Caixa, divulgado por volta das 15h desta sexta, 50 milhões de pessoas haviam sido beneficiadas.
Abertura de agências
Durante a transmissão, o presidente da Caixa ainda ressaltou a abertura extra das agências do banco. Segundo ele, 1,6 mil agências terão a abertura antecipada em duas horas todos os dias.
“Abrimos 799 agências no dia 21 e abriremos amanhã 902 agências. Se precisar sábado que vem abriremos de novo. Abriremos sempre que necessário”, declarou Guimarães.
Balanço
Pedro Guimarães ainda fez um balanço sobre o auxílio emergencial. De acordo com ele:
- 96 milhões de pessoas se cadastraram para receber o benefício
- 50,1 milhões de solicitações foram aprovadas
- 26 milhões cadastros foram considerados inelegíveis.
- 12 milhões de solicitações foram inconclusivos.
Os trabalhadores que tiveram suas solicitações consideradas “inconclusivas” poderão realizar novo recadastramento.
“Os inelegíveis não podem realizar o recadastramento porque não tem a possibilidade de serem elegíveis”, explicou o presidente.