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Presidente concordou em ficar no Acordo de Paris, diz Ricardo Salles

Ministro também ressaltou nesta segunda-feira que a prioridade da pasta do Meio Ambiente será a questão urbana

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MARCELO CHELLO/CJPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Ministro da Agricultura participa de evento do Secovi-SP
1 de 1 Ministro da Agricultura participa de evento do Secovi-SP - Foto: MARCELO CHELLO/CJPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou nesta segunda-feira (14/1) que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) concordou em manter o Brasil no Acordo de Paris. O ministro reconheceu que há oposição ao acordo climático dentro do governo, mas que, “por ora, a participação do Brasil está mantida”. As declarações foram dadas após almoço no Sevovi-SP com empresários do setor imobiliário.

Na semana passada, Salles já havia defendido a permanência do país no Acordo, em entrevista à Rádio Eldorado. No entanto, houve críticas de membros do governo.

Antes da posse, a posição do próprio presidente Bolsonaro em relação ao tema era oscilante. Ele chegou a defender a saída do Brasil do acordo, mas depois recuou e prometeu lutar por mudanças no texto.

Salles não detalhou as mudanças a serem propostas. “As metas de redução de emissão, que o Brasil e os outros países concordaram, estão OK. O problema é como você internaliza esses princípios e estes valores na legislação do país. A nossa única preocupação é se esta legislação restringe a liberdade e a ação de empreendedorismo e a gestão do território. Vamos estar muito atentos a isso”, disse.

Também nesta segunda, Salles afirmou que a prioridade da pasta será a questão urbana. Ele criticou ainda a burocracia nos processos do órgão. Aos empresários do setor imobiliário , o ministro defendeu que nos últimos 20 anos houve uma preocupação com o meio ambiente em relação às matas e florestas, em detrimento do debate de temas urbanos. “Deixamos muito a desejar na questão urbana. Este é o item número um da pauta de trabalho dos próximos anos”, comentou.

Em relação aos servidores da pasta, Salles disse que será necessário diminuir a burocracia do órgão e aperfeiçoar critérios técnicos. “Temos de treinar a nossa turma a usar mais Excel”, brincou.

Salles também defendeu um “reequilíbrio” da política nacional de resíduos sólidos que, segundo ele, tem objetivos “absolutamente inaplicáveis”. “É preciso ter um senso de realismo, falar a verdade”, disse.

Concessão de parques nacionais
O ministro defendeu ainda o aumento da parceria com o setor produtivo para a pasta. Em um dos exemplos, ele citou a concessão de parques nacionais à iniciativa privada. Citando a viagem que fez na semana passada a Foz do Iguaçu (PR), onde visitou o Parque Nacional Iguaçu, Salles disse que no local era um “exemplo” de como os parques podem ser geridos.

“Nós queremos aumentar a quantidade de parques concessionados e acelerar, portanto, este trabalho de concessão de parques. Nós queremos mostrar o potencial do ecoturismo no Brasil”, afirmou. Salles ressaltou, no entanto, que não há um cronograma dentro da pasta para firmar estas parcerias.

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