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Presidenciáveis condenam ataques à caravana de Lula no sul do país

Na terça-feira (27/3) dois ônibus que levavam parte da equipe do petista foram atingidos por tiros no Paraná. Ninguém se feriu

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Após tiros em ônibus de Lula, deputados do PT se reúnem com Jungmann
1 de 1 Após tiros em ônibus de Lula, deputados do PT se reúnem com Jungmann - Foto: EDUARDO TEIXEIRA/RAW IMAGE/ESTADÃO CONTEÚDO

Pré-candidatos à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (PSD), Manuela D’Ávila (PCdoB), Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSol) condenaram nesta quarta-feira (28/2), em suas contas no Twitter, os ataques feitos contra a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo sul do País. Na terça (27) dois ônibus que levavam parte da equipe do petista foram atingidos por tiros no Paraná. Ninguém se feriu.

Para Alckmin, “toda forma de violência deve ser condenada”. De acordo com o governador paulista, é papel das autoridades apurar os tiros contra a caravana do PT. “E é papel de homens públicos pregar a paz e a união entre os brasileiros. O país está cansado da divisão e da convocação ao conflito”, escreveu. Na noite desta terça, no entanto, o tucano havia adotado um discurso menos conciliatório, até mesmo surpreendente, ao declarar à Folha de S.Paulo que o “PT estava colhendo o que plantou”.

A postura de Alckmin em relação ao futuro de Lula tem sido cautelosa. De olho nos votos do PT,  caso o ex-presidente seja impedido pela Justiça Eleitoral de disputar a eleição, o tucano tem evitado fazer ataques a Lula ou mesmo ao seu partido. Até mesmo sua posição em relação à prisão em segunda instância foi tornada pública apenas na terça (27): “Eu sou favorável a manter [o entendimento atual] porque, se não mantiver, vai transformar praticamente os tribunais regionais em tribunais de passagem para depois, lá na frente, ter uma decisão final.”

Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em uma democracia, as divergências políticas devem ser resolvidas nas eleições, em busca do debate e do respeito ao resultado eleitoral. “O que aconteceu ontem [terça, 27] no Paraná foi um atentado contra a liberdade de expressão de um líder político e isso é inadmissível numa democracia”, disse.

Marina Silva afirmou que repudia veementemente os tiros disparados contra a caravana do ex-presidente. “O uso da violência com motivações políticas é uma afronta ao regime democrático”, disse. “Devemos lutar pelo direito a livre manifestação e pelo respeito às instituições da Justiça, que são preceitos constitucionais e alicerces fundamentais da nossa democracia”, completou.

Pré-candidata pelo PCdoB, Manuela D’Ávila afirmou que estará com Lula nesta quarta-feira (28) em Curitiba. “Transformemos o ato da caravana de Lula de hoje, em Curitiba, num grande ato de resistência ao fascismo e ao ódio. De reafirmação do compromisso com a democracia”, afirmou. Presidenciável pelo PSol, Guilherme Boulos também é esperado na capital paranaense.

“Os fascistas ultrapassaram qualquer limite. Toda solidariedade a Lula contra as agressões. É momento de unidade democrática e de resistência ativa. Com fascismo não se brinca”, afirmou Boulos, que considerou a declaração de Alckmin [“PT colhe o que planta”] como “um aplauso ao fascismo.”

Nesta quarta-feira (28), o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), também pré-candidato à Presidência, e o Movimento Brasil Livre (MBL) participam de atos em Curitiba, onde está a caravana de Lula.

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