Preocupação é resolver Previdência, afirma Rodrigo Maia
Presidente da Câmara diz não ser contra proposta de Guedes de desvincular orçamento, mas que ato pode desmobilizar prefeitos e governadores
atualizado
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O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou no início da tarde desta terça-feira (12/3) que sua principal preocupação é resolver a reforma da Previdência na Casa, apesar do “plano B” do ministro da Economia, Paulo Guedes, de enviar uma proposta para desvincular as receitas de estados e municípios.
Para Maia, a proposta não é negativa, mas poderia gerar uma desmobilização de prefeitos e governadores na questão da Previdência, que deve começar a tramitar na Câmara nos próximos dias.
“Fico preocupado, porque, para um governador desvincular o orçamento no seu estado, talvez resolva a situação nos quatro anos dele”, disse Maia, o que não resolveria o problema da Previdência de maneira geral.
Para a União, a desvinculação das receitas já foi feita com a emenda Constitucional que estabeleceu o teto de gastos, entende o presidente da Câmara. Segundo ele, as propostas podem até tramitar juntas, desde que o foco permaneça em resolver a situação dos regimes de aposentadoria.
Maia também disse que Guedes tem se mostrado um bom articulador com o Parlamento, mas o Planalto precisa liderar o processo de articulação, ou “dificulta muito”.
Margem para votação
Questionado sobre a margem de votos para a votação da proposta, Maia disse que o governo precisa ter, pelo menos, 350 votos em sua conta para ter tranquilidade de aprovar o texto no plenário da Casa. Propostas de emendas constitucionais requerem quórum qualificado, de ao menos 308 votos, em dois turnos de votação.