“Prefiro estar no Centrão do que no esquerdão”, diz Bolsonaro
Presidente, que está prestes a se filiar ao PL, voltou a justificar aliança com partidos do Centrão
atualizado
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A poucos dias de formalizar a filiação ao PL, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a justificar a aliança com o Centrão. O mandatário reafirmou que, para governar, precisa se aliar a parlamentares do bloco e, inclusive, lembrou de seu histórico com siglas que compõem o Centrão.
“São 513 deputados, quase 300 são do dito Centrão. Se eu não conversar com eles, vou conversar com quem?”, questionou em entrevista ao Agora com Lacombe – Perfil, gravada na sexta-feira (19/11) e exibida na RedeTV! na noite de quinta-feira (25/11).
“Já fui do PP, já fui do PTB. É um nome pejorativo que deram. Prefiro estar no Centrão do que no esquerdão, lá você não consegue nada de bom para o país”, continuou.
O PL informou que Bolsonaro deve se filiar em ato a ser realizado na sede da legenda, em Brasília, na próxima terça-feira (30/11). O “noivado” do mandatário com o partido presidido por Valdemar Costa Neto teve problemas, porque o chefe do Executivo do país não aceitou que a sigla mantivesse alianças estaduais que já estavam combinadas.
Na entrevista a Lacombe, Bolsonaro relatou conversas de “alto nível” com Valdemar Costa Neto.
O mandatário ainda admitiu que a negociação com parlamentares não é fácil e negou troca de favores e de cargos, sem citar a liberação de emendas.
Moro
O chefe do Palácio do Planalto ainda disparou críticas ao seu ex-ministro da Justiça e pré-candidato à Presidência, Sergio Moro, com quem rompeu em abril de 2020. “Quero ver ele em cima de um caminhão falando para 2 mil pessoas. Não consegue conversar”, disse.
Bolsonaro criticou também o fato de ex-aliados estarem orbitando em torno de Moro, a exemplo do general Carlos Alberto Santos Cruz, que se filiou ontem ao Podemos. Para o presidente da República, essa postura parece “recalque”.