Prefeito eleito no Rio, Eduardo Paes, liga para Jair Bolsonaro
Em busca de parceria com o governo federal, Paes diz que pretende manter relação institucional com o governo do Rio e do Brasil
atualizado
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O prefeito eleito pelo Rio de Janeiro neste domingo (29/11), Eduardo Paes (DEM), telefonou na manhã desta segunda (30/11) para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo informações da colunista Berenice Seara, a ligação foi no intuito de articular uma aproximação institucional com o governo federal.
Além da ligação para o presidente da República, Paes também se encontrou, nesta manhã, com o atual governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), em exercício desde que o titular, Wilson Witzel (PSC), foi afastado pela Justiça.
“Eu não tive o apoio do presidente Bolsonaro, ele apoiou a candidatura do Crivella, mas a eleição terminou ontem às 17h. Nós vamos trabalhar em parceria institucional com o governo federal. O presidente Bolsonaro é do Rio, você tem um monte de pessoas importantes no governo federal que são do Rio. O Rio precisa de ajuda nesse momento. Nós vamos trabalhar em parceria para buscar as soluções para os problemas”, afirmou Paes sobre Bolsonaro, em entrevista à Globonews nesta manhã (30/11).
“Os interesses da cidade têm que estar acima das minhas opiniões políticas e pessoais sobre qualquer posição do presidente Bolsonaro. Sempre tive uma boa relação com ele. Não nos falamos há muitos anos. Em duas eleições, uma ele apoiou o Witzel e ganhou e, na outra, apoiou o Crivella e eu ganhei. E eu respeitei a posição dele e em nenhum momento pedi que fizesse o contrário. Não pedi o apoio dele”, Paes ainda em entrevista.
Coronavírus
Questionado sobre a influência da posição de Bolsonaro acerca do Covid-19, e o impacto que a circunstância pode causar sob a vacinação da população carioca, o prefeito disse à Globonews que quer “a vacina que a Anvisa liberar”. “Eu quero a vacina que a Anvisa autorizar. Se ela vai ser chinesa, japonesa, russa, alemã não importa. O importante é que a gente tenha vacinação assim que a Anvisa liberar qualquer vacina. Nosso trabalho é preparar as unidades básicas de Saúde, aqui no Rio são as clínicas da família, para que elas estejam preparadas para quando a vacina chegar a gente possa vacinar a população”, argumentou.
“A princípio eu descarto sim, o lockdown. É importante que a gente tenha medidas muito mais do ponto terapêutico. Inaceitável que as pessoas adoeçam e não tenham um leito disponível em um hospital público. Esse é o grande desafio, colocar a rede de saúde do município para funcionar para que a população possa ter o atendimento em caso de necessidade”, finalizou.