Pré-sal: Ciro defende invalidar contratos firmados na gestão Temer
“Vou tomar de volta”, declarou o candidato do PDT à Presidência da República.
atualizado
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O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, voltou a defender nesta quarta-feira (1º/8) a invalidação dos contratos firmados pelo governo de Michel Temer (MDB) na área do Pré-sal. Segundo ele, a medida seria possível já que indenizações seriam pagas às empresas.
“No mundo do petróleo, não cabe ingenuidade, muito menos picaretagem como está acontecendo no Brasil. 80% do mundo do petróleo são estatais e 20% é um oligopólio internacional. Veja bem, o Brasil bota o campo de Carcará à venda, vem uma estatal da Noruega e compra por US$ 1,35 o barril de petróleo. Ah, vá! Paciência! Vou tomar de volta, pagando as devidas indenizações. Isso é um patrimônio brasileiro que vamos explorar em real”, defendeu.
Questionado se não se não arrependia de elogios feitos no passado ao presidente Michel Temer (MDB) e ao senador Aécio Neves (PSDB), Ciro disse que não é profeta para saber fatos futuros. “Eu sou operador. Não sou profeta. Se eu fosse, iria aplicar minha profecia na loto”.
Ciro Gomes é o terceiro presidenciável entrevistado nesta semana pela Globonews. Na última segunda-feira (30/7), jornalistas da emissora sabatinaram Alvaro Dias (Podemos). Na terça, ouviram Marina Silva (Rede).
Segundo levantamento CNI-Ibope divulgado no final de junho, Ciro Gomes soma de 4% a 8% nas intenções de voto. No cenário que inclui o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro surge em quarto lugar. Sem o petista, o ex-governador cearense fica em terceiro. Segundo a pesquisa, Ciro é rejeitado por 18% dos eleitores.
A candidatura do ex-governador do Ceará foi confirmada pelo PDT em 20 de julho. Aos 60 anos, será a terceira vez que ele concorrerá à Presidência. Em 1998, somou 7,426 milhões de votos (10,97% do total válido) e ficou em terceiro lugar. Naquele ano, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi reeleito. Em 2002, alcançou o quarto lugar, com 10,170 milhões de votos, 11,97% do total válido. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito no segundo turno.
Ciro busca um nome para concorrer como vice. Nesta quarta (1), a missão ficou mais difícil. O pedetista sofreu um revés após o PSB fechar um acordo eleitoral do PT. Os socialistas vão optar pela neutralidade na corrida presidencial. Ciro cortejava o PSB para compor chapa na disputa pelo Planalto.
No acordo, o PT não vai lançar a vereadora Marília Arraes ao governo de Pernambuco e apoiará a reeleição de Paulo Câmara (PSB). Em Minas Gerais, os socialistas não vão lançar Márcio Lacerda ao governo local e apoiarão a reeleição de Fernando Pimentel (PT). Ciro ainda não formalizou nenhuma aliança para a corrida presidencial.