metropoles.com

Pré-candidatos buscam agenda anticrise para disputa presidencial

Os presidenciáveis ainda tateiam a abordagem que usarão, mas já há pistas, seja em declarações ou nos nomes que tentam aglutinar suas ideias

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
MICHAEL MELO/METRÓPOLES
Michael Melo/Metrópoles
1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: MICHAEL MELO/METRÓPOLES

Políticos que pretendem se lançar na corrida presidencial de 2018 começam a moldar seu discurso econômico e tentam atrair economistas de peso para dar consistência aos seus projetos eleitorais. O tema, em geral inescapável ao debate, deve predominar no próximo pleito, que ocorrerá com o país tentando se desvencilhar de uma das mais severas crises de sua história.

Os presidenciáveis ainda tateiam a abordagem que usarão, mas já há pistas, seja em declarações ou nos nomes que tentam aglutinar ao seu redor, sobre a visão econômica que tentarão vender. Lula (PT) reuniu ex-parceiros de governo num grupo de economistas para pensar o país e intensifica discurso que agrada à sua base eleitoral. Geraldo Alckmin e João Doria (PSDB) cortejam economistas liberais. Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) retornam com antigos aliados. Jair Bolsonaro (PSC) quer colar em si o rótulo de liberal, mas ainda busca um nome disposto a compor seu receituário.

Postulante à sucessão de Michel Temer, o governador de São Paulo tem ensaiado nova roupagem, com viés mais liberal. Sua argumentação sobre a austeridade nos gastos sempre agradou a pensadores dessa ala, mas posições defendidas pelo tucano na eleição de 2006, como interferência do governo nos juros e no câmbio, e sua defesa de estatais costumavam deixar muitos deles desconfiados.

Alckmin dá sinais de que deseja distanciar sua imagem da de economistas considerados “desenvolvimentistas”, como Yoshiaki Nakano, da FGV-SP, referência na área econômica na campanha em que o tucano perdeu para Lula. Desde o início do ano está em contato com o ex-presidente do Banco Central Persio Arida, que foi levado a encontro com ele por intermédio do cientista político Luiz Felipe D’Ávila. Apoiadores advogam que ele anuncie oficialmente o desejo de ter Arida como fiador de seu plano econômico. Arida não comentou.

Alckmin buscou ainda conselhos de Armínio Fraga, ex-chefe do BC, e de Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda – ambos de visão liberal. Testou o discurso no Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP), que reúne economistas, banqueiros e empresários, e causou boa impressão, dizem participantes. Fez ode à austeridade, com congelamento de salários durante a crise, e defendeu as parcerias público-privadas.

Doria, que ensaia uma candidatura, também tenta atrair economistas que orbitam o tucanato. Arida e Fraga foram procurados, apurou o jornal “O Estado de S. Paulo”. Mas o prefeito de São Paulo já tem um guru para moldar seu ideário, declaradamente liberal e privatista. Ana Carla Abraão Costa, ex-executiva do Itaú e ex-secretária de Fazenda do Estado de Goiás, é sua referência, segundo o prefeito. Ela é presidente do Conselho de Gestão Fiscal do Município.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?