Pré-candidato ao Senado, Mourão dedica agenda desta sexta à campanha
Atual vice deve disputar Senado pelo Rio Grande do Sul. Com agenda no reduto eleitoral, ele concedeu cinco entrevistas à imprensa local
atualizado
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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, recém-filiado ao Republicanos, dedicou a agenda desta sexta-feira (18/3) para fazer campanha em seu reduto eleitoral, no Rio Grande do Sul. Nas eleições deste ano, ele deve se candidatar a uma vaga ao Senado pelo estado.
O general partiu de Brasília rumo ao Sul do país ainda na tarde dessa quinta-feira (17/3). Ao longo desta sexta, ele concedeu cinco entrevistas a veículos de comunicação de Porto Alegre. Veja:
Em entrevista à Rádio Gaúcha Zero Hora, da RBS, Mourão disse que não sente mágoa por não ter sido escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para compor a chapa rumo à reeleição nas eleições de outubro deste ano. “Há males que vêm para o bem”, afirmou.
Filiação ao Republicanos e futuro político
Na última quarta-feira (16/3), o vice-presidente Hamilton Mourão deixou o PRTB para se filiar ao Republicanos. Em seu discurso, ele disse que não poderia “abandonar o campo de batalha” diante do que definiu como “mares turbulentos, com problemas econômicos, políticos, sanitários e sociais”. Ele ainda declarou “apoio irrestrito” à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Cheguei aqui como vice-presidente do presidente Jair Bolsonaro e ele sabe perfeitamente que tem toda a minha lealdade e apoio irrestrito ao seu projeto de reeleição, que considero fundamental para que continuemos a dar os passos necessários para dar rumo nas soluções para que o Brasil atinja o seu destino manifesto que é sermos a maior e mais prospera democracia liberal ao sul do Equador”, afirmou.
Para concorrer ao Senado neste ano, Mourão não precisará se desincompatibilizar do cargo de vice, mas não poderá assumir o posto de presidente da República interino nos seis meses que antecedem o pleito de outubro.
Segundo o colunista do Metrópoles Igor Gadelha, o general prepara uma agenda de viagens internacionais entre abril e outubro para não se tornar inelegível.
Por isso, todas as vezes que o presidente Bolsonaro viajar ao exterior nesse período, Mourão também terá de deixar o Brasil.
Em abril, Bolsonaro deve ir à República Dominicana e à Guiana. Então, o vice pretende viajar a Londres. Em outras viagens do presidente, Mourão planeja ir ao Uruguai, país vizinho ao Brasil.
Bolsonaro deve viajar para o exterior pelo menos outras duas vezes. Em junho, vai a Los Angeles, nos Estados Unidos, para a Cúpula das Américas. Em setembro, será a vez de Nova York, para a Assembleia-Geral da ONU.