PRB diz ao TSE que não recebeu caixa 2 para apoiar chapa Dilma/Temer
A manifestação do partido foi enviada ao relator que investiga se houve abuso de poder na chapa Dilma/Temer durante as eleições de 2014
atualizado
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Em resposta encaminhada nesta segunda-feira (20/3) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Partido Republicano Brasileiro (PRB) disse não ter recebido caixa 2, propina ou “recurso financeiro proveniente de qualquer origem ilícita” para apoiar a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) nas eleições de 2014.
A manifestação do partido, obtida pela reportagem, foi enviada ao ministro Herman Benjamin, relator no TSE da ação que apura se a chapa Dilma-Temer cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger.
“Tanto para disputar o pleito de 2014, quanto para conceder apoio político à chapa Dilma-Temer, o Partido Republicano Brasileiro (PRB) peremptoriamente informa a Vossa Excelência o seguinte: que não recebeu nenhum recurso financeiro proveniente de caixa 2; que não recebeu nenhum recurso financeiro proveniente de propina; que não recebeu nenhum recurso financeiro proveniente de qualquer fonte vedada; que não recebeu nenhum recurso financeiro proveniente de qualquer origem ilícita”, diz a manifestação do PRB, assinada nesta segunda-feira pelo presidente em exercício do diretório nacional, senador Eduardo Lopes (PRB-RJ).
Em depoimento prestado ao TSE em fevereiro, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar afirmou que a empreiteira pagou R$ 7 milhões para cada um desses três partidos: PROS, PCdoB e PRB, num total de R$ 21 milhões.Segundo a reportagem apurou, Alexandrino disse ao ministro Herman Benjamin que os pagamentos foram feitos via caixa 2 para garantir o apoio político dessas siglas à chapa que unia PT e PMDB na campanha presidencial de 2014.
Em fevereiro, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, negociou um repasse de R$ 7 milhões do caixa 2 da Odebrecht para o PRB na campanha de 2014. Na época, o ministro afirmou “desconhecer” essa operação e disse que “delação não é prova”.