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PP se aliou à Odebrecht para nomear Paulo Roberto Costa, diz Palocci

Em delação, ex-ministro disse que o partido estava insatisfeito com espaço no governo federal e, por isso, indicou diretor na Petrobras

atualizado

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Lúcio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados
paulo roberto costa petrobras
1 de 1 paulo roberto costa petrobras - Foto: Lúcio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados

Em delação premiada, o ex-ministro Antonio Palocci revelou participação do Partido Progressista no esquema de corrupção da Petrobras. Segundo o comandante da Casa Civil e da Fazenda durante os governos dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, o PP teria se aliado à Odebrecht para retirar da diretoria de abastecimento da empresa de petróleo Rogério Manso – ainda nomeado na época do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) – e colocar o aliado Paulo Roberto Costa no lugar.

De acordo com o delator, “isso se deu porque o PP estava apoiando fortemente o governo e não encontrava espaço em ministérios e estatais”. Já a Odebrecht queria derrubar Manso porque não estaria fechando contratos junto à Petrobras para a venda de matéria-prima da gasolina (nafta) produzida por uma de suas empresas, a Braskem. Na época, a Odebrecht tinha 38,3% das ações da petroquímica.

A estratégia firmada entre o PP e a Odebrecht surtiu efeito ainda em 2004, segundo Palocci. Foi nessa época que Lula indicou Paulo Roberto Costa a diretor de abastecimento da Petrobrás. “Isso também visava garantir espaços para ilicitudes, como atos de corrupção, pois atendia tanto a interesses empresariais, quanto partidários”, afirma o ex-ministro na delação.

As denúncias de Antonio Palocci constam na delação fechada entre o ex-ministro e a Polícia Federal. Nesta segunda-feira (1º/10), o juiz Sérgio Moro quebrou o sigilo de parte do acordo de colaboração o qual o Metrópoles teve acesso.

Faltando apenas seis dias para as eleições, a quebra do sigilo da colaboração de Palocci era o maior temor do Partido dos Trabalhadores (PT). O PT ainda não se posicionou sobre o assunto. Já a defesa de Lula afirmou, por meio de nota, que “a conduta adotada hoje pelo juiz Sérgio Moro na Ação Penal nº 5063130-17.2016.4.04.7000 apenas reforça o caráter político dos processos e da condenação injusta imposta ao ex-presidente”. O Metrópoles aguarda um retorno do Partido Progressista.

Demais denúncias
Na delação, Palocci relata ainda uma reunião no Palácio do Planalto com a presença do então presidente Lula. De acordo com o depoimento do ex-ministro, ficou acertado o pagamento de R$ 40 milhões para a campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República, em 2010. De acordo com Palocci, Dilma também estaria presente na reunião.

Veja abaixo a delação de Palocci:

Depoimento de Palocci by Metropoles on Scribd

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