Possível cassação de Moro abre disputa que pode resultar em saída do clã Requião do PT
Ex-governador do Paraná, Roberto Requião defende que ele ou filho disputem eventual eleição suplementar
atualizado
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Mesmo hipotética, uma eventual cassação de Sergio Moro (União-PR) já pode causar baixas no PT do Paraná. A legenda vem trabalhando com o cenário de eleição suplementar para o Senado e há uma disputa interna envolvendo o clã Requião e os deputados federais Gleisi Hoffmann e Zeca Dirceu.
O deputado estadual Requião Filho esteve em Brasília recentemente para buscar o apoio de Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, para ele ou o pai disputar a possível eleição suplementar. Enquanto isso, como mostrou o Metrópoles, existem conversas para acomodar Roberto Requião, diante da sua insatisfação com o tratamento recebido pela legenda, e garantir apoio do clã a outro nome.
A interlocurores, Roberto Requião e Requião Filho dizem não aceitar outro cenário e defendem que um deles será candidato ao Senado, seja pelo PT, seja por qualquer outro partido.
Requião Filho diz a interlocutores estar cacifado para a disputa. O deputuado estadual é líder da oposição na Assembleia Legislativa do Paraná. Foi ele quem liderou a investida contra o edital do pedágio no sistema rodoviário do estado, um dos principais projetos do governador Ratinho Júnior (PSD). Além disso, ele também lidera ofensiva contra a privatização da Copel, outro projeto defendido pelo chefe do Executivo estadual.
O Partido dos Trabalhadores, conforme adiantou o Blog do Noblat, do Metrópoles, prevê a cassação do ex-juiz da Lava Jato. A legenda é tomada por um clima de “prévia” para escolher qual será seu candidato caso Moro perca o mandato.
Até o momento, Roberto Requião ou Requião Filho disputariam a vaga com Gleisi Hoffmann e Zeca Dirceu, também deputado federal e líder do PT na Câmara dos Deputados. O ex-governador é mais próximo do filho de José Dirceu e guarda mágoas sobre a presidente do partido.