Porta-voz: governo adia reforma administrativa para 2020
Pressão de setores do funcionalismo público e contexto de manifestações populares na América Latina influenciaram no recuo do governo
atualizado
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O “timing político” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi um dos aspectos determinantes para que o envio da proposta de reforma administrativa ao Congresso fique para o início de 2020, segundo afirmou o porta-voz Otávio do Rêgo Barros, na noite desta terça-feira (26/11/2019).
Entre as mudanças previstas, está a alteração de regras de contratação, salário, jornada e estabilidade de servidores. Contrariados, setores do funcionalismo público fizeram pressão no Executivo, e a proposta está sendo adiada desde o início de novembro. O contexto externo, de manifestações populares na América Latina, também contribuiu para que o governo recuasse.
“O presidente tem a responsabilidade natural e essencial, como chefe do poder Executivo, de analisar e identificar o timing do avanço das diversas propostas que o governo faz junto ao Congresso Nacional. Claro que na análise e no timing da elevação dessas propostas ao Congresso, dentre outros aspectos, os aspectos políticos são envolvidos”, afirmou Rêgo Barros.
O porta-voz nega, porém, que o governo tenha voltado atrás quanto à necessidade de reforma. “Isso não significa qualquer recuo, qualquer inviabilidade do projeto maior que encampa uma série de reformas e cujas reformas colocarão, certamente, o Brasil a caminhar de forma mais rápida nessas questões que são estruturais”, disse.