Porta-voz: Bolsonaro autoriza “decisões consensuais” de ministros
Após afirmação do ministro Sergio Moro sobre a permanência do diretor da PF, Maurício Valeixo, Rêgo Barros afirmou que a medida é consensual
atualizado
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O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, disse nesta quarta-feira (28/08/2019) que a afirmação do ministro da Justiça, Sergio Moro, de que o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, “permanece” no cargo e “tem a sua confiança”, é decisão “consensual” com o presidente Jair Bolsonaro (PSL).
“O presidente sempre enfatizou que ele nomeia os ministros e dá para eles autonomia de escalarem ‘seus times’, decidindo consensualmente sobre essas indicações. O ministro Moro há pouco reforçou a permanência do diretor-geral”, frisou o porta-voz.
Durante entrevista para um programa da GloboNews, questionado se ainda há alguma possibilidade de saída do chefe da corporação, o ministro afirmou que “as coisas eventualmente podem mudar”.
O ministro saiu em defesa de Valeixo após o presidente Bolsonaro dizer que, se ele quiser, pode substituir o diretor-geral. “Ele [Maurício Valeixo] é subordinado a mim, não ao ministro. Sou eu que indico, está na lei”, comentou o chefe do Executivo federal na última quinta-feira (22/08/2019).
Macron
Quando indagado sobre o motivo de o presidente Jair Bolsonaro ter apagado o comentário em sua página oficial do Facebook sobre a esposa do presidente francês, Brigitte, Rêgo Barros afirmou que foi somente para não haver “interpretações inadequadas”.
Sobre a Lei do Abuso de Autoridade, Rêgo Barros pontuou que ocorrerão vetos, mas que o presidente ainda precisa analisar o texto para definir quais serão eles. “O presidente ainda terá que analisar [o texto] a partir de uma assessoria dos ministérios, parte jurídica, e vai tomar a decisão com a consciência e com a justiça necessária para atender a população, o congresso e ele próprio”, completou.
Apesar das recentes polêmicas em torno da demarcação de terras indígenas, o porta-voz afirmou que Bolsonaro mantém a posição de não autorizar demarcação de novas reservas.