Por “falta dos autos e perguntas desconexas”, Carla Zambelli se cala na PF
Deputada federal, bolsonarista de primeira linha, foi convocada pela Polícia Federal para prestar esclarecimento no inquérito das fake news
atualizado
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A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), bolsonarista de primeira linha, ficou calada durante audiência na Polícia Federal, na tarde desta quinta-feira (04/06), em depoimento ao qual foi convocada como parte do inquérito contra fake news no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao sair da audiência, a deputada federal contou a jornalistas que se negou a responder às perguntas por não ter tido acesso aos autos do processo. Ela afirmou, ainda, que as perguntas eram desconexas com a “atualidade” e em nada tinham relação com o caso.
“Até o momento nem sei se estou na condição de testemunha, em que condição estou. As perguntas foram feitas sem contextualização de datas”, relatou a parlamentar.
Zambelli acusou o processo de ser inconstitucional e uma perseguição a membros e apoiadores do governo Bolsonaro.
“Esse inquérito é inconstitucional por conta do jeito que ele nasceu e como tem sido conduzido”, disse. “É que isso é perseguição ao governo, porque só tem gente próxima ao governo sendo investigada”, completou.
Apesar disso, a deputada disse que veio a polícia federal em “respeito” à instituição é porque acredita que quando se é intimado, torna-se obrigatória a presença.
Ao fim da coletiva com os jornalistas, Zambelli se defendeu e disse que atua de forma “etica” nas redes, além de negar a existência do “gabinete do odio”. Para a deputada, o inquérito vai contra o “direito de livre expressão e manifestação de todos”.
Weintraub
Ainda nesta quinta, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, também esteve na Polícia Federal, onde foi chamado para falar no inquérito em torno das acusações de que teria cometido racismo contra os chineses.
O ministro respondeu às perguntas por escrito. E á saída da sede da PF, cercado por apoiadores, também falou: “Liberdade de expressão”.