Pontes foi comunicado sobre Ministério das Comunicações no dia do anúncio
Ministro da Ciência confirmou que não há plano pré-definido, com datas, para terminar a transferência de atribuições para a nova pasta
atualizado
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O agora ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, afirmou nesta quinta-feira (11/06) que o Ministério das Comunicações está sendo recriado para “reforçar” a área no governo, mas admitiu que só foi comunicado da medida na noite de quarta-feira (10/06). “É prerrogativa do presidente”, limitou-se a dizer.
Segundo Pontes, já havia um entendimento, nas reuniões ministeriais, de que a comunicação do governo precisava de reforço, mas que não há um plano pronto para a transferência das áreas da Comunicação para a nova pasta. “Não existe uma pressa, então é fazer de forma gradual, não vejo uma data para terminar (a transição), e a gente vai trabalhar junto do novo ministro”, contemporizou.
“Recebi a notícia ontem, com tranquilidade. Tenho o prazer de dizer que as secretarias (que serão transferidas) estão muito organizadas”, declarou.
Em coletiva de imprensa, Pontes detalhou quais programas e medidas serão transferidas da sua tutela para a nova pasta – são ações relacionadas ao financiamento para radiodifusão, procedimentos regulatórios e ampliação de coberturas de internet, entre outras.
Passarão para o novo ministério duas secretarias que hoje estão na Ciência e Tecnologia – Telecomunicações e Radiodifusão –, os Correios e a Telebras.
A Medida Provisória 980/2020 inclui ainda a extinção da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), que passa a fazer parte da nova pasta, com o atual chefe da Secom, Fabio Wajngarten, como secretário-executivo.
Para comandar a pasta, ele escolheu o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN), genro do dono do SBT, Silvio Santos. A nomeação também foi interpretada como mais um aceno ao Centrão, mas o presidente alega que foi uma escolha pessoal.