Pompeo afirma que EUA apoiam “com entusiasmo” Brasil na OCDE
Secretário de Estado dos EUA vai ao Twitter tentar amenizar estrago político de decisão norte-americana de deixar o Brasil “na fila”
atualizado
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O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, foi ao Twitter na noite desta quinta-feira (10/10/2019) para reafirmar o – e reforçar o grau de interesse do país nisso – apoio dos Estados Unidos ao ingresso do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“Apoiamos com entusiasmo” a entrada brasileira na entidade, assinalou Pompeo, após se referir à carta enviada pelos EUA (e assinada pelo secretário de Estado) à OCDE na qual o país manifesta apoio à entrada de Argentina e Romênia, mas não cita o Brasil. O documento foi obtido pela agência de notícias Bloomberg e divulgado nesta quinta.
A carta vazada não representa com precisão a posição dos Estados Unidos no que diz respeito á expansão da OCDE. Apoiamos com entusiasmo a entrada do Brasil nesta importante instituição e os Estados Unidos farão um grande esforço para apoiar a adesão do Brasil. https://t.co/W4RxQOlFjS
— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) October 10, 2019
A postagem foi então republicada, devidamente traduzida, no Twitter da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.
Na carta à OCDE, Pompeo defende “ampliação a um ritmo contido”, e apoia apenas Argentina e Romênia. A postulação brasileira teria então que se enquadrar a esse ritmo indefinido, necessariamente mais demorado do que o desejado pelo governo brasileiro.
“Os EUA continuam a preferir a ampliação a um ritmo contido que leve em conta a necessidade de pressionar por planos de governança e sucessão”, afirmou o secretário de Estado na carta.
Depois do vazamento do texto, logo surgiu uma série de críticas à postura do governo brasileiro de abrir mão do tratamento diferenciado de “país em desenvolvimento” na Organização Mundial do Comércio (OMC), em troca do apoio agora jogado para um momento indefinido no futuro.
O posicionamento de Pompeo evidencia o esforço que o governo de Donald Trump agora faz para tentar evitar o agravamento do estrago político gerado pela posição norte-americana no governo do aliado Jair Bolsonaro.