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Políticos comentam áudios que implicariam Bolsonaro com rachadinha

Presidente foi apontado por deputados como o “chefe do bando”. Ex-ministro Abraham Weintraub ironizou reportagem

atualizado

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Agenda do Presidente Jair Bolsonaro durante Cerimônia de anuncio Caixa Patrocínio ao Esporte Brasileiro
1 de 1 Agenda do Presidente Jair Bolsonaro durante Cerimônia de anuncio Caixa Patrocínio ao Esporte Brasileiro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Políticos foram às redes sociais, nesta segunda-feira (5/7), para comentar gravações reveladas pela colunista Juliana Dal Piava, do portal Uol Notícias, que implicariam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um esquema de rachadinha, quando ele era deputado federal.

Ex-cunhada do mandatário da República, a fisiculturista Andrea Siqueira Valle contou que o irmão dela, André Valle, foi exonerado porque não devolvia parte do salário de assessor.

“O André deu muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser devolvido, entendeu? Tinha que devolver R$ 6.000, ele devolvia R$ 2.000, R$ 3.000. Foi um tempão assim, até que o Jair pegou e falou: ‘Chega. Pode tirar ele porque ele nunca me devolve o dinheiro certo'”, assinalou a mulher.

No Twitter, os termos “ex-cunhada” e “Jair” subiram, nesta manhã, aos trending topics, ficando entre os assuntos mais falados no país.

“Sempre roubando, sempre sendo corrupto. Retirar esse genocida é prioridade para o país”, disparou o deputado federal David Miranda (PSol-RJ). “Esse é o homem que prometeu acabar com a mamata”, complementou o ex-presidenciável Guilherme Boulos (PSol-SP) e coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Líder da oposição na Câmara, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) disse ser preciso investigar “essa tradição de improbidade, desvio de dinheiro, peculato e corrupção que passa de pai pra filho”.

O parlamentar assinalou que o esquema aparentemente se trata de um negócio de família.

Em novembro, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ), o “filho 01” do presidente, o ex-assessor Fabrício Queiroz e mais 15 investigados por organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita no esquema das rachadinhas.

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Palácio do Planalto
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Palácio do Planalto

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Aliados e ex

Ex-aliados de Bolsonaro também comentaram as gravações. O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) o presidente é o “chefe do bando”.

“Parece que a segunda-feira não está muito boa para o Jair, hein?”, provocou, por sua vez, o deputado Kim Kataguiri, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL). “Bolsonaro é o chefe da quadrilha da rachadinha, essa afirmação surpreende um total de zero pessoas”, complementou ele.

Por outro lado, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub minimizou as revelações e ironizou a reportagem publicada pelo Uol Notícias. Ele foi um dos únicos bolsonaristas a comentar o caso, mesmo que indiretamente.

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota) divulgou nota em que chama as gravações de “clandestinas”.

“Gravações clandestinas, feitas sem autorização da Justiça e nas quais é impossível identificar os interlocutores não é um expediente compatível com democracias saudáveis. A defesa, portanto, fica impedida de comentar o conteúdo desse suposto áudio apresentado pela reportagem”, disse o filho do chefe do Executivo na nota.

Também falou sobre Andrea Siqueira Valle, uma das autoras das denúncias. “Sobre Andrea Siqueira Valle, a defesa afirma que ela trabalhou na Alerj e cumpria sua jornada dentro das regras definidas pela assembleia. Flávio Bolsonaro, nas suas atividades parlamentares, não tinha como função fiscalizar e orientar a forma como a servidora usufruía do seu salário”, afirma.

A seguir, confira esses e outros comentários.

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