Policial legislativo e advogada são alvos da PF por atos terroristas
Nesta sexta, a Polícia Federal deflagrou a 4ª fase da Operação Lesa Pátria, que busca identificar pessoas que participaram dos atos de 8/1
atualizado
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou, nesta sexta-feira (3/2), que um policial legislativo do Senado e uma advogada estão entre os alvos da 4ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal, que busca identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos terroristas de 8 de janeiro, em Brasília.
Segundo a PGR, há indícios de que o agente público possua armas e outros materiais que possam comprovar a violação de dever funcional, por instigação e facilitação da ação dos criminosos que vandalizaram os prédios dos Três Poderes.
O policial legislativo também é investigado por omissão imprópria, uma vez que teria deixado de combater os invasores do Senado no dia 8 de janeiro.
“O agente público já foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos. Entre os pedidos apresentados pelo coordenador do Grupo, subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, está o afastamento da função. Também foram requeridos bloqueio de bens, impedimento de deixar o país e proibição de uso de redes sociais. O agente também está proibido de se aproximar do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal”, informou a PGR.
No caso da advogada investigada, há suspeitas de que ela, no dia 8 de janeiro, teria recolhido os aparelhos celulares dos manifestantes para supostamente atrapalhar as investigações.
“A atitude é investigada por representar a possibilidade de obstrução de justiça. O pedido que levou à decretação das medidas cautelares foi apresentado a partir de informações reunidas nas audiências de custódia dos detidos em flagrante no dia dos atos”, explicou o órgão sobre a conduta da mulher.
4ª fase da Operação Lesa Pátria
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta, a quarta fase da Operação Lesa Pátria, para identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos terroristas de 8 de janeiro, em Brasília.
As equipes cumprem três mandados de prisão preventiva, bem como 14 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Distrito Federal e nos seguintes estados: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e São Paulo.
No dia dos atentados, Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal foram invadidos por extremistas, que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos dos três prédios.