Polícia Federal abre inquérito para apurar negócios de Renan Bolsonaro
Filho do presidente da República é acusado de lavagem de dinheiro e tráfico de influência envolvendo um grupo de mineração
atualizado
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A Polícia Federal abriu inquérito para investigar possível envolvimento de Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de influência. A acusação estaria ligada a um conglomerado de 17 empresas de mineração e construção. O inquérito está na Superintendência Regional do Distrito Federal.
Na segunda-feira (15/3), o Ministério Público Federal (MPF) abriu um procedimento preliminar para levantar informações sobre o caso.
Segundo reportagem do jornal O Globo, foram identificadas atuações muito próximas de Renan Bolsonaro com os investidores das empresas. O jovem teria recebido de presente, da Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, veículo elétrico avaliado em R$ 90 mil.
Além disso, a firma em questão teria conseguido agendar, após a doação do automóvel, reunião com Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional. Renan teria participado desse encontro.
Por meio de nota, Frederick Wassef, advogado de Jair Renan Bolsonaro, declarou que o “cliente jamais recebeu ou ganhou carro elétrico da referida empresa. Fato este inverídico”.
Em novembro, a revista Veja mostrou que o filho do presidente deu início a sua vida de empresário atuando para conseguir uma audiência em um ministério para tratar de interesses comerciais de um de seus patrocinadores.
Gamer, Renan Bolsonaro também teria envolvimento com a isenção do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para a esfera de jogos eletrônicos. Até 2022, o setor será isentado em mais de R$ 80 milhões. A decisão foi tomada após Renan participar de reunião sobre o “futuro dos e-Sports” com Mário Frias, secretário de Cultura.