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Polícia acha maconha com MBL, mas não apreende por ser de “uso pessoal”

Droga foi encontrada durante o cumprimento de mandados de prisão contra dois supostos integrantes do movimento

atualizado

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Agentes da Polícia Civil de São Paulo (PCSP) encontraram porções de maconha durante cumprimento de mandados de prisão contra supostos integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL). A droga, no entanto, não foi apreendida pois, segundo os agentes, seria de “uso pessoal”.

Dois empresários foram alvo de mandados de prisão na manhã desta sexta-feira (10/7), acusados de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. O MBL nega, no entanto, que os dois façam parte do grupo.

Na operação, policiais e procuradores apreenderam diversas mídias digitais, entre celulares, computadores, HDs e pen-drives; além de documentos impressos e dinheiro.

“Foram encontradas e não apreendidas drogas (maconha) interpretadas para uso pessoal”, relatou o Ministério Público de São Paulo (MPSP), que também participa da operação, em nota divulgada.

Entenda

A família Ferreira dos Santos, de Renan Santos, um dos criadores do grupo Movimento Brasil Livre (MBL), deve cerca de R$ 400 milhões ao Fisco Federal, segundo a investigação do Ministério Público. Eles teriam adquiridos duas dezenas de empresas que hoje se encontram todas inoperantes.

Além disso, o MPSP aponta para o recebimento de doações de forma suspeita (cifras ocultas) pelo grupo por meio da plataforma Google Pagamentos.

Os presos são Alessander Mônaco Ferreira, acusado de movimentação financeira extraordinária e criação de duas empresas de fachada, e Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido como Luciano Ayan, que teria fundado ao menos quatro empresas de fachada, além de ser apontado por disseminar fake news e ameaçar aqueles que questionam as finanças do MBL.

Outro lado

O Movimento Brasil Livre se posicionou, em nota publicada nesta sexta-feira (10/7), sobre a operação do Ministério Público de São Paulo. No texto, eles qualificam a ação dos investigadores como “um devaneio tolo”.

O grupo alegou que não há confusão empresarial – ao contrário do apontado pelo Ministério Público – entre o Movimento Brasil Livre e o Movimento Renovação Liberal, “haja vista que o MBL não é uma empresa, mas uma marca”.

Além disso, nega ter ocultado doações na plataforma Google Pagamentos, conhecido como “superchats”. “Sob o aspecto lógico, seria impossível realizar qualquer espécie de ocultação e simulação fiscal por uma plataforma pública e com quantias pífias”.

Por fim, o grupo afirma que as atividades empresariais de familiares fundadores do MBL são anteriores ao próprio movimento.

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