Plataforma de pagamentos PagSeguro bane Olavo de Carvalho
Site de cursos on-line do guru de parte expressiva do bolsonarismo informou em nota o rompimento
atualizado
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O escritor, astrólogo e professor on-line de filosofia Olavo de Carvalho, tido como uma espécie de guru do presidente Jair Bolsonaro e de muitos de seus aliados, Olavo de Carvalho foi banido da plataforma de pagamentos PagSeguro.
Uma mensagem foi postada no site de cursos do guru bolsonarista. A nota diz: “Todas as assinaturas vinculadas ao PagSeguro foram canceladas e não haverá mais renovação automática para quem utilizava este meio de pagamento”.
O PayPal havia desativado a conta de Olavo, em agosto do ano passado. A justificativa expressava que a página desrespeitava a política da empresa contra o discurso de ódio.
No ano passado, o Sleeping Giants, movimento que pressiona empresas a retirarem patrocínios de páginas com conteúdos que classifica como de ódio e desinformação, teve como principal alvo Olavo de Carvalho. Nesta segunda-feira (11/1), o perfil fez um post, no Twitter, falando sobre o banimento.
A campanha também fazia uma apelo: “A PagSeguro precisa parar de apoiar Olavo de Carvalho e seu discurso de ódio. Pressione o CPP Investments, acionista da PagSeguro, a retirar seu R$ 1,5 bilhão da empresa se a conta do Olavo não for bloqueada imediatamente”.
O que diz a PagSeguro
Nesta terça-feira (12/1), a PagSeguro, empresa brasileira de serviços financeiros, negou que tenha cancelado a conta do escritor Olavo de Carvalho. Com isso a instituição desmente o grupo Sleeping Giants Brasil.
Em nota, a empresa afirmou: “O PagSeguro reitera que é instituição de pagamento sujeita à Lei 12.865 de 2013, garantindo o atendimento não discriminatório aos usuários finais, bem como liberdade de escolha, segurança e proteção a seus interesses econômicos”.
“O PagSeguro não faz juízo com relação às transações realizadas entre os milhões de compradores e vendedores por seu intermédio todos os dias. Conteúdos comunicacionais vendidos/adquiridos utilizando o PagSeguro como meio de pagamento são sujeitos ao Marco Civil da Internet, e somente conteúdos apontados como infringentes mediante o recebimento de ordem judicial específica são tornados indisponíveis. Isso não ocorreu até o momento, e notícias veiculadas sobre o tema são falsas”, esclareceu a empresa.