Planalto prepara reforço na proteção de Temer durante campanha
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) avalia que instaurou-se no país, de maneira inédita, um clima de rivalidade e ódio político
atualizado
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O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República prevê que será necessário reforçar medidas de proteção ao presidente Michel Temer em 2018, principalmente, se ele levar adiante o plano de disputar a reeleição. O acirramento do debate político, evidenciado pelos tiros disparados contra ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, elevou a preocupação com a segurança do emedebista.
Autoridades do governo avaliam que instaurou-se no país, de maneira inédita, um clima de rivalidade e ódio político, como ficou patente nos confrontos entre militantes petistas e opositores ao longo do trajeto da caravana de Lula. Segundo fonte ouvida sob a condição de anonimato, o “humor” da campanha preocupa e não haveria como oferecer “garantia absoluta” de segurança a Temer.
Ex-presidentes possuem oito servidores, por eles escolhidos, para segurança e apoio pessoal, além de dois veículos custeados pela Presidência. Todos são vinculados à Secretaria-Geral da Presidência, embora parte deles seja treinado pelo GSI.
Normalmente, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), subordinada ao GSI, faz monitoramento constante de possíveis manifestações que podem ocorrer próximo a compromissos públicos do presidente. É com base em mapeamentos como esse e análise de risco que se planeja o esquema de segurança e pode-se até aconselhar Temer a ir ou não a determinada agenda.
Até agora, os episódios mais preocupantes para o GSI foram relacionados à casa particular do presidente no Alto de Pinheiros, em São Paulo. Em uma ocasião, um homem tentou invadir o local, onde estavam familiares e a primeira-dama, Marcela Temer. Ele danificou o portão com um pedaço de madeira e tentou pular o muro, mas foi preso.