Planalto mapeia votos de senadores para vaga de ministro do TCU
Disputa pela Corte está acirrada entre três parlamentares: Kátia Abreu (PP-TO), Antônio Anastasia (PSD-MG) e Fernando Bezerra (MDB-PE)
atualizado
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Registros feitos pelo Metrópoles, nesta segunda-feira (13/12), mostram o mapeamento de votos de senadores feito pelo Palácio do Planalto para a votação, no Senado Federal, que vai definir quem será o próximo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Os registros foram feitos pelo fotógrafo Igo Estrela. Nas imagens, é possível ver a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, uma das responsáveis pela articulação política com o Congresso Nacional, segurando um documento com nomes dos senadores, seus respectivos partidos políticos e possíveis votos.
A ministra estava acompanhada do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), um dos cotados para ocupar a vaga de ministro no TCU. Antes, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, outro articulador político, também estava junto de Flávia e Bezerra.
Cotados para a vaga
O ministro Raimundo Carreiro se aposentará do Tribunal de Contas da União aos 73 anos. Ele foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para assumir a embaixada brasileira em Portugal. A vaga dele no TCU é de indicação do Senado.
A disputa pela Corte está acirrada entre três senadores: Kátia Abreu (PP-TO), Antônio Anastasia (PSD-MG) e Fernando Bezerra.
Apesar de Kátia Abreu, bancada feminina votará dividida para TCU
Os favoritos hoje são Anastasia, que tem o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como principal cabo eleitoral, e Kátia Abreu, que conta com apoio de Bolsonaro, de ministros do Palácio do Planalto e de parte da oposição.
Normalmente, os senadores fecham questão para indicar apenas um parlamentar à Corte, mas todos os cotados estão dispostos a disputar a vaga até o fim. O Senado deve resolver a disputa voto a voto.
Pote de mágoa
De acordo com o jornalista Evandro Ebóli, do Blog do Noblat, do Metrópoles, Fernando Bezerra é um “pote de mágoa” com a falta de apoio do Palácio do Planalto. Apesar disso, segue distribuindo currículo aos seus pares e, em busca de apoio, entregou cesta de uvas para parlamentares. Há rumos, no entanto, de que ele pode desistir da disputa em favor de Kátia Abreu.
Kátia Abreu formou aliança com o Planalto e a oposição. Ela se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro em novembro. O Partido dos Trabalhadores (PT), por outro lado, tem interesse na vitória da senadora, uma vez que seu primeiro suplente é o petista Donizeti Nogueira. Dessa forma, o partido ganha um parlamentar na bancada por mais um ano.
Já Anastasia tem o apoio de senadores do PSDB, Podemos e PSD. Pacheco tem se empenhado para não criar arestas e não atrair desafetos no Senado.
A votação
A vaga no TCU é vitalícia e tem aposentadoria compulsória aos 75 anos. Pelas regras definidas por Pacheco, os senadores só poderão votar de forma presencial. A votação será secreta, por meio de cédulas de papel, que poderão ser depositadas em uma urna no plenário ou na chapelaria do Senado.
Vencerá a disputa o senador que tenha apoio da maioria simples dos senadores presentes. A votação só será aberta, porém, com a presença de, no mínimo, 41 senadores na Casa.
