Placar do impeachment mostra 348 votos pela saída de Dilma
Levantamento realizado pelo Grupo Estado mostra que o número de votos contra o impeachment da presidente da República seguiram em 133. Neste momento, há 10 indecisos, 20 não responderam e 2 prováveis ausências
atualizado
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Levantamento realizado pelo Grupo Estado mostra que o número de votos a favor do impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, subiu para 348 e os votos contra seguiram em 133. Neste momento, há 10 indecisos, 20 não responderam e 2 prováveis ausências.
O deputado André Abdon (PP-AP), que constava como provável ausência, agora aparece no site da Câmara como ativo. Ele está a favor do impeachment.
Governo e oposição travam ‘batalha de planilhas’ de votos sobre o impeachment
Além da disputa entre manifestantes pró e contra governo na Esplanada dos Ministérios, uma batalha de planilhas tem sido travada entre oposição e situação. Enquanto o governo contabiliza 183 votos a favor da permanência da presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, parlamentares de oposição trabalham com 129 a favor do governo e 368 contra. A confirmação dos números, no entanto, só ocorrerá no domingo (17/4), quando cada parlamentar declarar seu voto em plenário. As negociações, de ambos os lados, têm sido intensa.
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), e o ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, fizeram na noite de sexta-feira uma reunião com aliados nas casas dos deputados Waldir Maranhão (PP-MA) e Weverton Rocha (PDT-MA) e acreditam ter revertido votos em favor da presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment.
“Estou otimista, humilde e confiante. Vamos trabalhar até a noite de domingo, sem descanso”, disse ao Broadcast a ministra. Ela passou o dia no Ministério da Agricultura recebendo parlamentares, negociando e trabalhando no convencimento.
Do outro lado, uma série de reuniões tem ocorrido. Os ruralistas, que se reuniram durante o almoço com entidades do setor produtivo, fizeram também uma contagem de votos. O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), divulgou a contagem do grupo. Até às 18h33 eles contavam 368 favoráveis ao impeachment, 129 contrários e 16 indecisos.
De volta à Câmara, ex-ministro Mauro Lopes votará pelo impeachment
Exonerado na quinta-feira com o objetivo de cerrar fileiras com o governo na Câmara, o deputado e ex-ministro da Aviação Civil Mauro Lopes informou neste sábado, 16, ao vice-presidente Michel Temer, que pretende votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Lopes esteve na tarde de hoje no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente, por onde passaram cerca de 150 parlamentares. Além dele, retornaram à Câmara na última quinta-feira para ajudar o governo o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), que até então ocupava o comando do ministério da Saúde, e Celso Pansera (PMDB-RJ), ex-ministro de Ciência e Tecnologia.
“O Mauro Lopes o governo contava como certo. Ele veio aqui para dizer que, em que pese a pressão que estava sofrendo, que o Michel poderia contar que ele ia votar com o partido, pelo impeachment. De certo, ele vai apresentar junto a carta de demissão”, afirmou ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) o vice-presidente do PMDB, Eliseu Padilha, que passou o dia no Jaburu ao lado de Temer.
Mauro Lopes, que também ocupa o cargo de secretário-geral do PMDB, foi procurado por telefone pela reportagem, assim como sua assessoria, mas até o fechamento deste texto não houve retorno.
A princípio, Michel Temer havia programado acompanhar a sessão de amanhã, de votação do impeachment, em São Paulo. Após grande pressão por parte dos aliados e da “guerra psicológica” dos números pró e contra o afastamento de Dilma, o vice decidiu trazer toda a família para Brasília, de onde deve acompanhar a votação.
O quartel general do grupo de Temer amanhã continuará sendo o Palácio do Jaburu, onde está reservada uma sala de cinema para que todos possam acompanhar a decisão dos deputados.
Nos encontros realizados hoje na residência do vice-presidente, um dos principais temas foi a decisão de Gilberto Kassab (PSD) de deixar o Ministério das Cidades, na véspera da votação do impeachment. A iniciativa foi vista como gesto negativo ao Palácio do Planalto fortalecendo os argumentos do grupo pró-impeachment.
Nas rodinhas, os parlamentares também refizeram a contagem de votos de amanhã. Na avaliação do grupo de Temer, o governo deve ficar com apenas 130 votos, o que não impediria o impeachment. O número necessário é ao menos 171 votos. Por sua vez, a expectativa dos aliados do vice é de que o afastamento de Dilma conte com até 375 votos.