PL formaliza Rogério Marinho como candidato à presidência do Senado
Apoiado por Bolsonaro, Marinho vai disputar o comando da Casa Legislativa com Rodrigo Pacheco (PSD); eleição será em fevereiro
atualizado
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O Partido Liberal (PL) formalizou, nesta quarta-feira (7/12), a candidatura do ex-ministro e senador eleito pelo Rio Grande do Norte, Rogério Marinho, à presidência do Senado Federal. Ele irá concorrer com o atual presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que busca a reeleição.
A decisão foi anunciada após reunião da bancada de senadores do PL com o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, na sede do partido, em Brasília.
Apoiado pelo atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), Marinho defendeu que o cargo é uma “enorme responsabilidade”, diante de um momento “extremamente tenso na vida nacional”, de “transição política”.
“A importância de termos um parlamento independente e um Senado que tenha as condições necessárias de restabelecer a normalidade democrática e a liberdade de opinião, sobretudo a inviolabilidade dos mandatos dos parlamentares, prerrogativa conquistada a duras penas pela democracia brasileira e está prevista na Constituição”, afirmou o senador.
O parlamentar também ressaltou que a legenda defende transformações e mudanças substanciais em termos econômicos, denominadas como “modernização do Estado brasileiro”.
“Há necessidade em função das ameaças de retrocesso de danificar esse legado, que é da sociedade brasileira. É importante ter um Senado independente e com altivez. Não pretendemos ser, nem faremos uma presidência de oposição ao país, mas seremos candidatos para sermos um Senado a favor do Brasil”, completou.
A eleição será em fevereiro de 2023, após a posse dos parlamentares eleitos em outubro. Com 14 senadores eleitos para o próximo ano, a legenda tem a maior bancada do Senado.
Controle da Casa
Conforme adiantou o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, a candidatura de Marinho contra o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), contou com a articulação direta de Bolsonaro.
Garantir a chefia da Casa é uma tentativa de assumir controle sobre pautas de interesse do grupo político. A proposta foi reforçada ainda após a derrota do mandatário nas urnas e o consequente afastamento dele de dentro das instituições políticas, a partir de janeiro.
Os senadores Carlos Portinho (PL-RJ) e Eduardo Gomes (PL-TO) também chegaram a demonstrar interesse em serem candidatos, mas acabaram desistindo, viabilizando o nome de Marinho.