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PL das Fake News: mochilas vazias na Esplanada lembram crianças mortas em escolas

Na manifestação da Avaaz, as mochilas em frente ao Congresso representam os 35 jovens mortos em escolas, vítimas de ataques, desde 2012

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1 de 1 Manifestação com mochilas vazias em frente ao Congresso 3 - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

No dia da votação da PL das Fake News (PL 2630/20), a Avaaz realizou, na manhã desta terça-feira (2/5), uma manifestação relembrando as crianças assassinadas em massacres realizados em escolas. Mochilas vazias foram espalhadas ao longo do gramado do Congresso Nacional.

Os objetos, segundo a organização, representam os 35 jovens mortos em unidades de ensino vítimas de ataques desde 2012. A instituição que organizou o protesto, a Avaaz.org, é uma rede para mobilização social global por meio da internet.

A realização da manifestação ocorre, enquanto a Câmara dos Deputados se prepara para analisar, nesta terça-feira (2/5), o projeto de lei das Fake News, que se for aprovado, tornará crime a divulgação de informações falsas na internet.

Veja as imagens da intervenção:

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Em uma publicação, a Avaaz pontuou que em uma pesquisa encomendada pela própria organização, ficou explícito que 93,7% dos entrevistados acreditam que as redes sociais não são seguras para crianças e adolescentes. Outros 75% disseram que a regulamentação das redes sociais contribuiu para os recentes massacres nas escolas brasileiras.

Veja outros dados da pesquisa:

  • 94% dos brasileiros e brasileiras acredita que as redes sociais são prejudiciais para crianças e adolescentes;

  • 78% dos brasileiros e brasileiras quer uma lei para regulamentar as redes sociais;

  • 74% acha que a falta de regulação contribuiu para os recentes ataques em escolas em vários estados do país;

  • 73,8% dos evangélicos e 78,4% dos católicos que responderam à pesquisa são a favor da regulação das redes sociais;

  • 61% dos eleitores de Bolsonaro também quer a regulação.

Laura Moraes, diretora de campanhas da Avaaz, afirmou que a campanha visa mirar na proteção das crianças de massacres, além de buscar proteger a democracia.

“Esta lei é sobre proteção. É sobre proteger nossos filhos e filhas de massacres, nossas famílias da polarização, nossa democracia de ataques e a nossa saúde de notícias falsas. É para todos os brasileiros e brasileiras que os parlamentares devem aprovar o projeto de lei 2630/20”, disse Laura.

PL das Fake News

O relator do projeto, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), apresentou a exposição final do projeto, na semana passada ao presidente Arthur Lira (PP-AL). Lira, por sua vez, se reúne com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terla-feira.

regime de urgência foi aprovado na última terça-feira (25/4), com margem mínima, diante de intrigas envolvendo quebra de acordo com lideranças partidárias. A medida só passou graças à “tratorada” de Lira. Isso permite a análise do PL 2630/2020 sem necessidade de discussão em Comissão Especial.

Parlamentares contrários a pontos da atual proposta se articulam em torno de um substitutivo e mexem suas peças para apresentar uma alternativa ao texto.

Ao Metrópoles, parlamentares que endossaram a urgência já disseram ser contrários ao mérito do texto. Diante disso, a oposição trabalha com um cenário no qual o relatório de Orlando Silva não prosperará até a votação final.

Sabe-se que até a tarde desta terça, quando está prevista a votação do mérito do projeto, Orlando seguirá conversando com os colegas. Na manhã do dia de votação, o relator ainda deve se encontrar com lideranças.

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