PGR vai investigar troca de comando na superintendência da PF no Rio
A rápida mudança, feita pelo novo diretor-geral da corporação, Rolando de Souza, chamou a atenção dos investigadores
atualizado
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai investigar os reais motivos para a troca no comando da Superintendência da Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro. A medida foi uma das primeiras decisões do novo diretor-geral da instituição, Rolando Alexandre de Souza.
O caso será analisado no inquérito já aberto pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que apura as acusações do ex-ministro Sergio Moro contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo o ex-juiz, o chefe do Executivo quer interferir politicamente na corporação.
Bolsonaro deu posse ao novo diretor-geral da PF nessa segunda-feira (04/05), em uma rápida cerimônia, depois que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, barrou a nomeação de Alexandre Ramagem para comandar a PF, devido à proximidade com a família do presidente e sob as suspeitas de que haveria desvio de finalidade nessa nomeação.
Rolando convidou o superintendente da PF do Rio, Carlos Henrique Oliveira, para assumir o cargo de diretor-executivo, o número dois da corporação em Brasília, abrindo espaço para nomear outra pessoa para comandar a corporação fluminense.
A rápida troca na PF do Rio chamou atenção dos investigadores, porque o ex-ministro Sergio Moro reforçou diversas vezes em depoimento que o principal interesse de Bolsonaro era mudar o comando da PF do Rio e indicar uma pessoa de confiança. Ainda não foi divulgado o novo nome escolhido.