PGR ouvirá ex-chefe de gabinete de Alcolumbre sobre suposta rachadinha
Ex-presidente do Senado teria recebido cerca de R$ 2 milhões em esquema de devolução de salários. Alcolumbre nega acusação
atualizado
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) irá ouvir, nesta sexta-feira (17/12), Paulo Augusto de Araújo Boudens, sobre o suposto caso de rachadinha no gabinete do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Boudens é ex-chefe de gabinete do ex-presidente do Senado Federal. Ele segue empregado como assessor parlamentar.
“Com o processamento da referida notícia de fato, por meio de requisições e levantamento de informações, caso surjam indícios de possível prática de ilícitos penais pelo noticiado, poderá ser requerida a instauração de inquérito nesse Supremo Tribunal Federal para a produção de provas da materialidade e indícios de autoria”, indicou a PGR.
Alcolumbre foi denunciado por seis ex-funcionárias, que o acusam do esquema de rachadinha em seu gabinete, ou seja, devolução de parte dos salários. Ao todo, os desvios podem ter alcançado a casa de R$ 2 milhões. O caso foi revelado pela revista Veja.
O suposto esquema teria começado em 2016. As mulheres tinham vencimentos mensais entre R$ 4 mil e R$ 14 mil, mas devolviam boa parte do montante ao gabinete de Alcolumbre, segundo as denúncias.
Desde que o caso veio à tona, o senador amapaense tem negado o esquema.
À revista Veja, Alcolumbre disse que se concentra nas atividades legislativas e que questões administrativas ficavam a cargo de seu então chefe de gabinete, Paulo Bouden. O senador frisou também que não se lembra das funcionárias.