Pfizer diz que procurou todos os países e ofereceu as mesmas condições
O gerente-geral da farmacêutica para a América Latina, Carlos Murillo, negou ter proposto cláusulas leoninas nos contratos
atualizado
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O gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, disse, nesta quinta-feira (13/5), que procurou todos os países ao mesmo tempo e que ofereceu as mesmas condições para a compras de vacina contra a Covid-19.
O gestor disse ter contatado “todos os governos do mundo no mesmo momento” e que as negociações, por sua vez, avançaram em conversas paralelas.
“As condições que a fazer procurou para o Brasil são exatamente as mesmas condições que a Pfizer negociou e assinou, neste momento, com mais de 110 países no mundo”, disse ele à CPI da Covid. “Entendo que nosso contato foi justo, não tivemos nem teremos um ranking dos países”, acrescentou.
Murillo rechaçou que a farmacêutica propôs cláusulas leoninas, como o governo brasileiro alegou para não firmar contrato anteriormente.
“Não concordo com a qualificativa de cláusula leoninas. Nessa pandemia [da Covid-19], a Pfizer correu risco sem precedentes, que requeria que todo mundo colaborasse com esse processo. Requereu a todos os países as mesmas condições que ofereceu ao Brasil”, afirmou.
Murillo é o sexto depoente do colegiado. Antes dele, os senadores ouviram o depoimento do ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten, o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, além dos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além do atual chefe da Saúde, Marcelo Queiroga.
A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.