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PF teria alertado equipe de Bolsonaro sobre dificuldade de segurança

“Situação (do atentado) não tinha nenhum controle”. “Foi chamada atenção de Bolsonaro e de outros candidatos”, afirmou Raul Jungmann

atualizado

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Jair Bolsonaro faz campanha em Presidente Prudente
1 de 1 Jair Bolsonaro faz campanha em Presidente Prudente - Foto: null

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta sexta-feira (7/9) que o candidato à presidência pelo PSL Jair Bolsonaro e sua coordenação de campanha foram alertados pela Polícia Federal (PF), antes do atentado em Juiz de Fora (MG), sobre a impossibilidade de fazer sua segurança em atos de campanha como o do dia 6 de setembro, quando o presidenciável se lançou à multidão e foi atacado com uma faca.

“Já havia sido conversado com a campanha de Bolsonaro que ficava muito difícil de fazer a segurança quando ele se lançava na multidão. Aquela situação (do atentado) não tinha nenhum controle. Foi chamada atenção do Bolsonaro e de outros candidatos que não dava para fazer a segurança nessas condições. Avisamos as famílias dos candidatos. Eles devem seguir o protocolo da PF”, afirmou.

Segundo o ministro, a PF disponibilizou o maior número de agentes para a segurança do presidenciável na campanha. Ele teria um efetivo de 21 policiais federais à disposição e, no momento do atentado em Juiz de Fora, 13 agentes o acompanham.
Por conta disso, Raul Jungmann contou que fará uma reunião neste sábado (8/9) com as coordenações de campanha de todos os candidatos para tratar da segurança dos presidenciáveis.  Para isso, o efetivo da PF destinado à segurança dos postulantes será ampliado em 60%: 80 policiais foram destacados para acompanhar, além de Bolsonaro, Ciro Gomes, Marina Silva, Geraldo Alckmin e Álvaro Dias.
De acordo com o ministro, o número de agentes destinado a cada campanha varia de acordo com a análise de risco feita pela corporação – Bolsonaro é o candidato com maior efetivo.

Suspeitos
Em relação às investigações do atentado, Jungmann afirmou que três suspeitos podem estar envolvidos. No entanto, a única certeza no momento é o nome de Adélio Bispo de Oliveira, 40 anos, responsável por atacar Jair Bolsonaro com uma faca, ferindo o político na região do abdômen.

Adelio foi indiciado pela Polícia Federal com base na Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/1983), que prevê penas para crimes por motivação política. De acordo com o indiciamento, a principal hipótese da PF nesta fase inicial de investigação é que a motivação para o crime tenha sido política. O agressor, ao assumir o ataque, disse que agiu por conta própria e “em nome de Deus“.

Segundo a PF, um segundo suspeito de envolvimento no crime, investigado por “incitar a violência”, foi “detido, ouvido e liberado (na madrugada de sexta-feira), mas segue na condição de investigado”. A identidade do suspeito não foi revelada.

Um terceiro suspeito, mencionado por Jungmann, se machucou na confusão após o atentado e foi hospitalizado. “Existem outros que estariam envolvidos, mas até agora não há uma comprovação fática desse envolvimento, não se tem provas, embora eles permaneçam como suspeitos e estejam sendo averiguados”, disse o ministro.

Caso
Golpeado na região do abdômen na tarde desta quinta-feira (6/9), enquanto fazia campanha em Juiz de Fora, Bolsonaro foi atendido na Santa Casa da cidade, onde passou por uma cirurgia. Ele foi transferido nesta manhã para São Paulo, onde ficará internado no Hospital Israelista Albert Einstein, no Morumbi, a pedido da família. O estado de saúde dele é considerado grave, mas estável.

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