PF solicita à Justiça que Temer seja encaminhado para batalhão da PM
A defesa do ex-presidente havia pedido para que ele ficasse em uma Sala de Estado Maior, no mesmo local, em vez da Superintendência da PF-SP
atualizado
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O pedido para que o ex-presidente Michel Temer (MDB) deixe a Superintendência da Polícia Federal (PF) em São Paulo e fique preso em outro local foi acatado. A PF encaminhou um ofício à juíza federal substituta da 7ª Vara Criminal, Caroline Vieira Figueiredo, solicitando autorização para o emedebista passar para o Comando de Policiamento de Choque da Polícia Militar do estado.
Confira o documento da PF, que pede a transferência de Temer:
A defesa do ex-presidente havia pedido para que ele ficasse em uma Sala de Estado Maior, no mesmo local. Segundo seu advogado, Eduardo Canelós, o motivo da movimentação do emedebista seria o fato de o prédio da PF não ter um local adequado para alojar um ex-chefe de Estado, visto ser uma localidade “de circulação de outras pessoas”. A declaração foi dada em entrevista dada à rádio CBN.
Acusações
Michel Temer se apresentou à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo na tarde dessa quinta-feira (09/05/2019). A medida cumpriu determinação da juíza federal Caroline Figueiredo, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, depois que ele teve o habeas corpus (HC) revogado pela 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2).
A defesa de Temer ingressou com pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A solicitação será apreciada na 6ª Turma da Corte e ficou sob a relatoria do ministro Antonio Saldanha Palheiro. O STJ decidiu, contudo, que a análise do HC só ocorrerá na próxima terça (14/05/2019), durante a sessão ordinária do colegiado, marcada para as 14h. O pedido de soltura do coronel Lima também será julgado no mesmo dia que o do ex-presidente.
Nessa quarta-feira (08/05/2019), após saber que o TRF-2 entendeu que uma nova prisão era necessária para não haver interferências nas investigações sobre a construção da usina nuclear de Angra 3, Temer se disse surpreso, mas tranquilo. “Vou defender meus direitos até o fim”, garantiu.
No dia 21 de março, Michel Temer foi preso pela primeira vez, em um desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, mas conseguiu habeas corpus e foi liberado quatro dias depois. No processo, ele é apontado como líder de uma organização criminosa que montou um esquema para desviar dinheiro da obra da usina Angra 3, no Rio. Contando com esse caso, o ex-presidente é réu seis vezes. (Com informações de agências)