PF quer concluir perícias em maletas anti-grampo do Senado
Material recolhido pela PF deve ser encaminhado ao Supremo. Isso inclui mais de dez maletas anti-grampos usadas nas residências de senadores
atualizado
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O delegado Felipe Alcântara de Barros Leal, chefe da Divisão de Contrainteligência da Polícia Federal, pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, que a instituição possa concluir a perícia nas maletas usadas para varreduras antes de enviar o material à Corte.
Na última quinta-feira (27/10), Teori suspendeu os efeitos da operação Métis no Senado, quando foram presos quatro policiais legislativos suspeitos de tentar obstruir a Operação Lava Jato. Na decisão, Teori remeteu o processo da 10ª Vara Federal do Distrito Federal para o STF. A defesa do policial Antonio Tavares, um dos presos na operação da Polícia Federal, pedia a anulação do inquérito. O ministro também autorizou o retorno ao trabalho dos policiais legislativos, que foram libertados.
Com a determinação de Teori, todo o material recolhido pelos investigadores deve ser encaminhado ao Supremo. Isso inclui as mais de dez maletas usadas pelos policiais nas varreduras realizadas nos imóveis a pedido de senadores. As maletas seriam usadas para detectar a existência de escutas ambientais.“Embora os fatos investigados versem sobre embaraços à Operação Lava Jato, em trâmite nessa instância e na Justiça Federal – Seção Judiciária no Paraná, não havia, quando da representação pelas medidas cautelares, indícios em desfavor de parlamentares”, disse o delegado Felipe Barros Leal.
Provas
Segundo o chefe da Divisão de Contrainteligência da Polícia Federal, a maleta de varredura é um “importante meio de obtenção de provas, uma vez que possui registros de memória de dados de rastreamento”.