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PF: ministério do Trabalho fraudava pareceres para Marun

Um dos principais ministros de Temer, Marun é investigado por ter usado estrutura da pasta para ganhar vantagens políticas

atualizado

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Marun
1 de 1 Marun - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Um relatório da Polícia Federal mostra que integrantes do Ministério do Trabalho desprezaram exigências legais e chegaram a fabricar pareceres fraudulentos para atender a pedidos do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. O documento foi obtido pelo jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com a investigação, Marun pedia que a sua chefe de gabinete, Vivianne Lorenna de Melo, entrasse em contato com integrantes da pasta para solicitar facilidades para sindicatos do Mato Grosso do Sul, seu reduto eleitoral. A tese da polícia é de que ele fazia isso em troca de apoio político.

As mensagens entre a funcionária e o ministério foram feitas dias antes da Operação Espúrio ser deflagrada. De acordo com a reportagem, o então coordenador-geral de Registro Sindical, Renato Araújo, repassava os pedidos para Jéssica Mattos. Ela não tinha vínculo com a pasta. Ambos foram presos na primeira fase da operação, em 30 de maio.

Segundo a investigação, ela era responsável por produzir manifestações que foram consideradas fraudulentas pela PF. Em um dos casos citados pela corporação, a chefe de gabinete de Marun pede o registro sindical para o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e Ministério Público da União no MS (Sindjufe-MS).

Os processos de emissão de cartas sindicais, inclusive para este caso, foram suspensos após a Registro Espúrio.

Após as investigações, a PF pediu, de acordo com a reportagem, medidas de busca e apreensão contra a chefe de gabinete e Marun com a justificativa de que era necessário aprofundar as investigações para confirmar se os dois integram uma organização criminosa. O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, relator da Lava Jato, no entanto, não autorizou as ações por entender que os indícios eram insuficientes.

Em resposta a Folha de S. Paulo, Marun afirmou, em nota, que os casos citados são encaminhamentos rotineiros de demandas que chegam. A articulação com entidades da sociedade civil, de acordo com ele, é competência da pasta que chefia. Para o ministro, não houve qualquer contrapartida a seu favor.

O coordenador-executivo do Sindjufe, Celso Neves, disse que a nova diretoria assumiu em 26 de abril e não fez pedido a Marun. A Folha não localizou as defesas de Jéssica e Araújo.

 

 

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