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PF libera ativistas que protestaram com faixa de “Bolsonaro genocida”

O delegado que ouviu os esclarecimentos dos militantes presos não encontrou indícios para o enquadramento na Lei de Segurança Nacional

atualizado

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Reprodução/Liderança da Minoria
Faixa exibida por manifestantes na Praça dos Três Poderes
1 de 1 Faixa exibida por manifestantes na Praça dos Três Poderes - Foto: Reprodução/Liderança da Minoria

Os cinco militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e de esquerda que haviam sido detidos nesta quinta-feira (18/3), depois de exibir uma faixa com a inscrição “Bolsonaro genocida”, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, acabaram liberados, depois de prestarem depoimentos à Polícia Federal.

De acordo com parlamentares que acompanharam os ativistas, o delegado Polícia Federal que ouviu os esclarecimentos não encontrou indícios para enquadrados na Lei de Segurança Nacional, como havia previsto a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que efetuou a prisão.

Ao sair, os militantes chegaram a sugerir que, se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não gostou da faixa, seria o momento de levá-la a todo o Brasil.

“Se Bolsonaro não governou do bandeirão com a charge do Aroeira, que a gente se organize e faça um bandeirão desses em cada estado do país”, disse um dos ativistas, ao deixar a sede da PF.

Veja imagens:

Possível abuso de autoridade

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF também acompanhou a saída dos ativistas. Ele informou que vai acionar o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para que investigue possível abuso de autoridade por parte da Polícia Militar do Distrito Federal, ao efetuar as prisões.

Mais cedo, por meio de nota, a PM confirmou a prisão e o encaminhamento dos detidos para a PF.

“A Polícia Militar prendeu cinco homens por infringir a Lei de Segurança Nacional ao divulgar a cruz suástica associando o símbolo ao Presidente da República. O grupo foi detido, na manhã desta quinta-feira (18), quando estendia, na Praça dos 3 Poderes, a faixa chamando o Presidente de genocida ao lado do símbolo nazista. Os homens foram levados para a Delegacia da Polícia Federal”, diz nota da Polícia Militar do Distrito Federal.

Petistas mobilizados

A prisão mobilizou parlamentares do PT. Os deputados Alencar Santana Braga (PT-SP), Natália Bonavides (PT-RN) e Paulo Pimenta seguiram para a PF para acompanhar de perto o caso.

Após ouvir os detidos, de acordo com a deputada Natália Bonavides (PT-RN), que foi à PF, o delegado descartou o enquadramento e devolveu os celulares dos integrantes do grupo.

Os deputados Alencar Santana Braga (PT-SP), Natália Bonavides (PT-RN) e Paulo Pimenta avisaram que estão a caminho da PF  para acompanhar de perto o caso.

A foto divulgada pelos deputados de mostra que a faixa exibia referência a uma charge publicada pelo cartunista Aroeira, com a cruz suástica, referência do nazismo, associada ao presidente da República.

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