PF intima Marcos do Val, que acusou Bolsonaro de pedir apoio em golpe
Senador Marcos do Val afirma que Jair Bolsonaro o teria coagido a apoiar um suposto golpe para mantê-lo no Palácio do Planalto
atualizado
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O senador Marcos do Val (Podemos-ES) será intimado a depor na Polícia Federal (PF) no âmbito da investigação que apura os ataques terroristas ocorridos em 8 de janeiro deste ano na Praça dos Três Poderes. Do Val alega que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou coagi-lo a dar um golpe de Estado para continuar no Executivo.
Na esteira da suposta coação por um golpe, o parlamentar afirma que renunciará ao mandato de Senador pelo Espírito Santo. Ele foi eleito em 2018 com 863 mil votos para um mandato de oito anos (2019-2027).
O depoimento de Do Val, na condição de testemunha, foi pedido pela PF no inquérito que investiga os atos de 8 de janeiro. Porém, a decisão sobre a oitiva do senador ainda depende do ministro STF Alexandre de Moraes, confirmou o Metrópoles.
De acordo com o próprio parlamentar em suas redes sociais, ele não gostava de ser taxado de “bolsonarista” no passado e afirmou que na sexta-feira (3/2), sua entrevista à revista Veja trará revelações.
“Eu ficava puto quando me chamavam de bolsonarista. Vocês me esperem que vou soltar uma bomba. Sexta-feira vai sair na Veja a tentativa de Bolsonaro de me coagir para que eu pudesse dar um golpe de estado junto com ele, só para vocês terem ideia. E é logico que eu denunciei”, disse.
Invasão na Praça dos Três Poderes
Estão na mira do inquérito o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres e outras autoridades que atuaram e omitiram durante a tentativa de golpear o Estado democrático de direito após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República.
Outro que está na mira das investigações é Jair Bolsonaro, que está nos Estados Unidos. O ex-presidente da República não se manifestou até o momento sobre as alegações de Do Val.