PF indiciará 1,2 mil presos no QG por terrorismo em Brasília
PF cumpre uma ordem do Supremo Tribunal Federal que determinou o desmonte do acampamento em frente ao QG do Exército na noite de domingo
atualizado
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As mais de mil pessoas detidas no acampamento golpista alocado em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, serão indiciadas pela Polícia Federal (PF) pelos crimes de atentado contra a democracia, terrorismo e outros delitos cometidos no domingo (8/1). Todos prestarão depoimento sobre suas participações nos atos terroristas e serão encaminhadas para o sistema penitenciário do Distrito Federal.
A PF cumpre ordem de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o desmonte do acampamento em frente ao QG do Exército, na noite de domingo, e a prisão em flagrante dos terroristas presentes no local. Até o momento, 1,2 mil pessoas já foram detidas, informou a PF.
No domingo, golpistas e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depredaram, destruíram e emporcalharam o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.
Todos 0s detidos foram encaminhados ao ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal para prestar depoimento, enquanto os presos foram para a Penitenciária da Papuda.
Canais de denúncia
Para que mais prisões sejam efetuadas, além da contenção de focos de terrorismo, a PF criou um e-mail a fim de concentrar as informações sobre o ocorrido de domingo: denuncia8janeiro@pf.gov.br.
“A PF segue investigando os atos de vandalismo com a execução de ações de polícia judiciária, realização de perícias e mobilização de policiais federais de vários Estados do país para apoio às forças de segurança no Distrito Federal”, diz a PF em nota.