PF faz operação no Rio contra fraudes e propina no governo Cabral
Entre os alvos, além do ex-chefe da Saúde Sérgio Côrtes, estão empresários que forneciam próteses para o Into
atualizado
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Agentes da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Receita Federal estão nas ruas em mais um desdobramento da Operação Lava Jato, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (11/4). Batizada de Fatura Exposta, a ação prendeu nesta manhã Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde do governo Cabral, e os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita. O trio será indiciado por corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A PF também cumpre mandados de condução coercitiva, busca e apreensão.
A operação investiga fraudes em licitações para o fornecimento de próteses para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Segundo a apuração, quando era diretor do Into, Sérgio Côrtes teria favorecido a empresa Oscar Yskin, da qual Miguel é sócio, nas licitações do órgão. Gustavo Estellita é sócio de Miguel em outras empresas e já foi gerente comercial da Oscar Iskin.
Também são investigados desvios na secretaria estadual de Saúde, com o pagamento de propina para o esquema criminoso comandado por Sérgio Cabral. O esquema envolveria pregões internacionais, com cobrança de propina de 10% nos contratos, nacionais e internacionais. Desse percentual, 5% caberia ao ex-governador, 2% a Sérgio Côrtes, 1% para o delator Cesar Romero, 1% para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e 1% para sustentar o esquema.As prisões foram solicitadas a partir da delação premiada de César Romero, que trabalhou com o ex-diretor do Into e entregou todo esse esquema. A Iskin é uma das maiores fornecedoras de próteses do Rio.
As empresas do esquema atuariam de forma conjunta para, com aval dos envolvidos, para burlar a competitividade das concorrências públicas e favorecer sempre a Oscar Iskin. (Com informações do G1)
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