metropoles.com

PF faz operação contra Precisa Medicamentos, alvo da CPI da Covid

Mandados de busca e apreensão são cumpridos em Barueri e Itapevi. Operação foi autorizada pelo ministro do STF Dias Toffoli

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Depoente, Francisco Maximiano, sócio-proprietário da Precisa Medicamentos na CPI da Pandemia no Senado Federal
1 de 1 Depoente, Francisco Maximiano, sócio-proprietário da Precisa Medicamentos na CPI da Pandemia no Senado Federal - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta sexta-feira (17/9), operação de busca e apreensão na sede da Precisa Medicamentos, empresa investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19.

Os mandados são cumpridos em Barueri e em Itapevi, no estado de São Paulo.

A operação apura informações sobre o contrato entre a Precisa e a empresa indiana Bharat Biotech, assim como todos os documentos relacionados ao acordo.

“A CPI buscou, de todas as formas, a obtenção dessas informações junto à empresa e ao Ministério da Saúde, não obtendo êxito. Devido a isso, fez-se necessária a utilização deste instrumento judicial”, informou a cúpula da comissão, em nota.

A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli.

Entenda

A Precisa intermediou a venda da vacina indiana Covaxin, produzida pela Bharat Biotech, ao governo brasileiro. O Ministério da Saúde pretendia comprar 20 milhões de doses do imunizante contra a Covid-19, por meio de um contrato de R$ 1,6 bilhão, sob suspeita de superfaturamento.

Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou irregularidades em documentos apresentados pela farmacêutica.

A pasta federal decidiu, então, cancelar o contrato, em julho deste ano, após os escândalos virem à tona.

Outro lado

Em nota, os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, que fazem a defesa da Precisa Medicamentos, compararam as ações da CPI da Covid-19 ao modus operandi da Lava Jato: “Agressivas e midiáticas”. Veja a íntegra do comunicado:

“É inadmissível, num estado que se diz democrático de direito, uma operação como essa de hoje. A empresa entregou todos os documentos à CPI, além de três representantes da empresa terem prestado depoimento à comissão. Francisco Maximiano, por exemplo, prestou depoimento e respondeu a quase 100 perguntas, enviou vídeo com esclarecimentos, termo por escrito registrado em cartório, além de ter sido dispensado de depor por duas vezes pela própria CPI, em 1° de julho e 14 de julho.

Além disso, seus representantes, sempre que intimados, prestaram depoimentos à PF, CGU, além de ter entregue toda documentação ao MPF e TCU.

Portanto, a operação de hoje é a prova mais clara dos abusos que a CPI vem cometendo, ao quebrar sigilo de testemunhas, ameaçar com prisões arbitrárias quem não responder as perguntas conforme os interesses de alguns senadores com ambições eleitorais e, agora, até ocupa o Judiciário com questões claramente políticas para provocar operações espalhafatosas e desnecessárias. A CPI, assim, repete o modus operandi da Lava Jato, com ações agressivas e midiáticas, e essa busca e apreensão deixará claro que a Precisa Medicamentos jamais ocultou qualquer documento”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?