PF cumpre mandados de prisão da Lava Jato no Rio e Porto Alegre
A investigação apura irregularidades na Eletronuclear. Também foram expedidos mandados de condução coercitiva e busca e apreensão
atualizado
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A Polícia Federal (PF) abriu a operação Pripyat nesta quarta-feira (6/7). A ação cumpre dez mandados de prisão no Rio e em Porto Alegre. Um dos alvos é o ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, que está em prisão domiciliar.
Cento e trinta policiais federais cumprem, no Estado no Rio de Janeiro e em Porto Alegre/RS, além das seis prisões preventivas, outros três mandados de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 26 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A ação está sendo realizada em conjunto com o Ministério Público Federal.
O almirante já é réu em processo na 7ª Vara Federal Criminal, no Rio. Othon Pinheiro é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, acusado de receber ao menos R$ 4,5 milhões em propinas para facilitar a contratação dos consórcios responsáveis pelas obras da usina de Angra 3.
O caso do almirante e de outros 13 acusados de participar do esquema de desvios nas obras da usina de Angra 3, estava sob responsabilidade do juiz Sérgio Moro, que cuida das ações da Lava Jato na Justiça Federal no Paraná. Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), contudo, o caso da Radioatividade foi deslocado para a Justiça Federal no Rio.Prisão
A Polícia Federal informou que seis funcionários da Eletronuclear que integravam o núcleo operacional das fraudes da empresa tiveram a prisão preventiva decretada e o atual diretor foi afastado por ordem judicial.
A Operação Pripyat apura os crimes de corrupção, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, sendo um desdobramento no Rio de Janeiro da 16ª fase da Operação Lava Jato denominada Radioatividade.
O nome da Operação refere-se à cidade ucraniana que se tornou uma espécie de “cidade fantasma” após o acidente nuclear em Chernobyl.