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PF cumpre mandados de busca e apreensão na Aprosoja, que tem contas bloqueadas

A suspeita é de uso de recursos públicos para financiara protestos de 7 de setembro em favor do presidente Jair Bolsonaro

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Antonio Galvan/Aprosoja
Antonio Galvan, presidente da Aprosoja
1 de 1 Antonio Galvan, presidente da Aprosoja - Foto: Antonio Galvan/Aprosoja

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio das contas da Associação Brasileira de Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e da Aprosoja Mato Grosso até a próxima quarta-feira (8/9). Além disso, agentes da Polícia Federal cumprem mandados de busca e apreensão na sede da Aprosoja em Mato Grosso.

O bloqueio atende a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), que apura a suspeita de que recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação  (Fethab) e da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) do Mato Grosso do Sul estejam sendo utilizados para financiar as manifestações deste 7 de setembro, a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por meio das duas entidades.

As associações de tornaram alvo de investigação depois que Antônio Galvan, presidente da Aprosoja Brasil e ex-presidente da Aprosoja-MT, passou a ser  investigado como um dos possíveis financiadores das manifestações em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O inquérito corre em segredo de Justiça. No pedido ao STF, a PRG argumenta que  realização de prováveis atos de ataque à democracia e às instituições “iniciou-se com entrevista do Presidente da República informando que haveria “contragolpe” aos atos entendidos como contrários à sua gestão. Também afirma  que haveria a  utilização de recursos das duas entidades, já que Galvan preside a Aprosoja Brasil e é ex-presidente da Aprosoja-MT.

“Para tanto, seriam utilizados Fundos (Fethab e Iagro) compostos por recursos públicos (contribuições), os quais, segundo documento dos autos, não possuem uma maior transparência nem têm sido destinado para suas finalidades originárias, mas sim, como capital para o financiamento de agentes para a realização das condutas antidemocráticas acima descritas”, diz trecho da decisão de Alexandre Moraes, proferida no último sábado (4/9).

As contas deverão ser bloqueadas até o dia 08 de setembro, incluindo outras contas jurídicas que Galvan e a Aprosoja-MT tenham acesso.

A decisão também determina que a partir do dia 10 de setembro as contas da Aprosoja sejam rastreadas.

“Sejam identificados e informados os valores transferidos a partir das contas bancárias dessas entidades para outras entidades ou terceiros, em quaisquer modalidades (DOC, TED, PIX ou outra ordem de pagamento), desde o dia 10.8.2021, a partir do patamar mínimo de R$ 10.000,00, até o limite existente da conta, para fins de rastreio”.

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Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes
Alexandre de Moraes
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Antonio Galvan, presidente da Aprosoja
Movimentação de bolsonaristas na Esplanada dos Ministérios. A via está fechada para as manifestações de 7 de setembro
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Apoiadores de Bolsonaro chegam a Brasília para a manifestação de 7 de Setembro.

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

Na mesma decisão, Alexandre de Moraes ainda determinou que Polícia Federal apure a conduta do prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar João Alba (PSL), também conhecido como Gringo Louco. Ele foi foi flagrado com R$ 505 mil em espécie no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

O pedido para investigar o prefeito foi feito por senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid do Senado. A suspeita é que o dinheiro seria também destinado a financiar os atos de 07 de Setembro.

Confira a íntegra da decisão:

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