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PF chama chefes de campanha para discutir protocolo de segurança

O objetivo do encontro é reavaliar o “grau de risco” aos presidenciáveis após o atentado contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL)

atualizado

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Roque de Sá/Agência Senado
Congressos. Seminários. Palestras
1 de 1 Congressos. Seminários. Palestras - Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O diretor-geral da Polícia Federal Rogério Galloro convocou os chefes de segurança de todas os candidatos à Presidência da República para uma reunião nesta sábado (8/9). O objetivo do encontro é reavaliar o “grau de risco” de cada campanha após o atentado contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) e alinhar os procedimentos a serem implementados para garantir a segurança pelo resto da campanha eleitoral.

Após essa reunião com os policiais que chefiam as equipes que fazem a segurança dos candidatos, Galloro pretende se reunir com os representantes das próprias campanhas. Em Brasília, durante o desfile de 7 de Setembro, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que os presidenciáveis precisam atender as recomendações de segurança da Polícia Federal (PF)

Enquanto a primeira reunião tem por objetivo reavaliar a situação e definir a estratégia da segurança a ser realizada pela PF daqui pra frente, o segundo encontro tem como finalidade “sensibilizar” as campanhas sobre a importância de seguir as regras de segurança a serem estipuladas.

A reunião com os chefes de segurança deve ser realizada em Brasília. Aquele que estiverem em alguma agenda com os candidatos participarão via videoconferência. No caso da reunião com os coordenadores de campanha, Galloro ainda tenta definir local e horário.

Um policial envolvido na segurança disse que a reunião com os representantes das campanhas é muito importante porque a relação entre os seguranças da PF e os candidatos nunca é de subordinação. Como exemplo, cita esse policial federal, a PF não pode obrigar o candidato a evitar eventos espontâneos – como ser carregado nos braços da multidão, mudar trajeto em cima da hora ou quebrar algum protocolo de segurança.

Nesse cenário, e com o novo grau de risco após o atentado a Bolsonaro, a PF quer conscientizar as campanhas sobre a importância do candidato seguir os protocolos estabelecidos pela equipe de segurança.

Atentado
Golpeado na região do abdômen na tarde de quinta-feira, 6, enquanto fazia campanha em Juiz de Fora, Bolsonaro foi atendido na Santa Casa da cidade, onde passou por uma cirurgia. Ele foi transferido nesta manhã para São Paulo, onde ficará internado no Hospital Israelista Albert Einstein, no Morumbi. O estado de saúde dele é considerado grave, mas estável

O homem que esfaqueou o candidato é Adelio Bispo de Oliveira. Ele foi transferido na manhã desta sexta-feira, 7, da sede da Polícia Federal em Juiz de Fora para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (CERESP), também no município mineiro. Uma fonte da PF disse ao Estado que a corporação vai pedir que ele ficar em um local isolado e que sua segurança seja reforçada para evitar qualquer tipo de retaliação que possa esquentar ainda mais o clima da campanha eleitora.

Ainda nesta manhã, a Polícia Federal liberou um segundo suspeito do atentado, que, sem ligação direta com o ato, teria incitado a violência. Ele foi “detido, ouvido e liberado, mas segue na condição de investigado”, informou a PF. Ao todo, segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, três pessoas são investigadas.

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