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PF apreendeu, com Bendine, joias e até menu de casamento de Joesley

As buscas e apreensões ocorreram em São Paulo e em Sorocaba, no interior do Estado. Passaporte em nome de Bendine também foi encontrado

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FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO
PF deflagra Operação Cobra e prende Aldemir Bendine
1 de 1 PF deflagra Operação Cobra e prende Aldemir Bendine - Foto: FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO

Em meio a computadores, celulares e relógios, a Polícia Federal apreendeu na casa do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás, Aldemir Bendine, até um menu com a inscrição: “Ticiana e Joesley – 25 de outubro de 2012”. A data se refere ao dia do casamento do empresário Joesley Batista, da JBS. Os executivos estão presos.

Bendine foi detido em 27 de julho na Operação Cobra, 42.ª fase da Lava Jato. Naquele dia, a PF fez buscas e apreensões em endereços em São Paulo e em Sorocaba, no interior do Estado, ligados ao executivo. Todo material apreendido foi listado pela PF.

Na capital paulista, a Federal apreendeu joias com certificados de garantia dentro de um cofre. No local havia gargantilhas, aneis, brincos, colar de pérolas e abotoaduras.

A Polícia Federal pegou também DVDs com etiquetas “confidencial”, pen drive e documentos. O item 63, da lista de apreensões da PF, é um “envelope branco endereçado a Aldemir Bendine, contendo correspondência enviada à presidente Dilma”.

No dia da apreensão, a PF anotou que “o local estava vazio e foi necessária a chamada de chaveiro para a abertura da porta do apto”.

“Posteriormente, verificou-se existir depósito na garagem , para o qual também foi necessário serviço de chaveiro. O cofre existente no escritório foi aberto om senha fornecida, via telefone, pelo colega que acompanhava a prisão do sr. Aldemir Bendine. Tanto o cofre quanto a porta como a porta do depósito foram novamente fechadas na presença de testemunhas”, descreveu a PF.

Em Sorocaba, a Federal também apreendeu celulares, pen drives e tablets. No local, a polícia pegou “um passaporte, República italiana, em nome de Aldemir Bendine”.

O ex-presidente do BB e da Petrobrás é réu sob acusação de receber, da Odebrecht, propina de R$ 3 milhões em três parcelas de R$ 1 milhão entre junho e julho de 2015 enquanto ocupava a Presidência da Petrobrás. Em troca teria agido em defesa dos interesses da empreiteira.

O executivo esteve à frente do Banco do Brasil entre 17 de abril de 2009 e 6 de fevereiro de 2015, e foi presidente da Petrobrás entre 6 de fevereiro de 2015 e 30 de maio de 2016.

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