PF apreende documento com anotação “cx 2” no apartamento de Aécio
O senador mineiro é acusado de receber pelo menos R$ 2 milhões em propina, no âmbito das investigações sobre a delação da JBS
atualizado
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A Polícia Federal apreendeu documentos na residência do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que fazem a referência ao caixa 2. A operação aconteceu no último dia 18 no Rio de Janeiro, mas somente nesta sexta-feira (26/5) a PF divulgou a informação: nos papéis apreendidos aparecia uma anotação manuscrita com a observação “cx 2”.
Aécio Neves é acusado de receber pelo menos R$ 2 milhões em propina. Ele é investigado a partir das delações do empresário Joesley Silva, da JBS. No dia da apreensão, a irmã de Aécio, Andrea Neves, e um primo dele, Frederico Pacheco, foram presos.
Já no gabinete do tucano no Senado Federal, em Brasília, foram apreendidas “planilhas com indicações para cargos federais”, cópias de uma agenda de 2016 com o nome do empresário Joesley Batista e de Andrea Neves, e também uma “folha manuscrita contendo dados do CNO (Construtora Norberto Odebrecht)”.
De acordo com a PF, foram apreendidos “diversos documentos acondicionados em saco plástico transparente, dentre eles um papel azul com senhas, diversos comprovantes de depósitos e anotações manuscritas, dentre elas a inscrição ‘cx 2′”. Todos esses materiais foram encaminhados para o processo e o senador terá que explicar do que se trata.A defesa
Os advogados do tucano alegaram que inscrição não é indício de ilegalidade. “Asseguramos que uma eventual referência a CX 2 não significa qualquer indício de ilegalidade”, afirma nota do advogado Alberto Zacharias Toron. A inscrição poderia indicar alguma referência a Caixa 2.
A defesa do senador também lamentou no mesmo texto que “citações sem qualquer informação real” sobre a que se referem tenham sido divulgadas por agentes da investigação em curso.
(Com informações da Agência Estado)