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PF achou R$ 20 mil em dinheiro vivo na casa de ex-assessor de Temer

O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) é apontado como interlocutor da propina junto à JBS, a PGR já pediu a prisão dele

atualizado

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1 de 1 loures - Foto: JBatista/Agência Câmara

Buscas e apreensões, no âmbito da Operação Patmos, em endereços ligados ao ex-assessor do presidente Michel Temer e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), em Brasília, encontraram R$ 20 mil em dinheiro vivo, na casa dele em Brasília. Os valores não foram confiscados por serem inferiores ao autorizado para apreensão.

Loures é investigado por supostamente agir em nome de Temer e na condição de ‘homem de confiança’ do presidente e interceder junto à diretoria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) – órgão antitruste do governo federal – em benefício da JBS.

Delatores da JBS dizem que foi prometida uma “aposentadoria” de R$ 500 mil semanas durante vinte anos a Loures e ao presidente Temer. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot pediu novamente a prisão preventiva do peemedebista, nesta quinta-feira, 1º de junho.

Loures foi flagrado correndo por uma rua de São Paulo carregando uma mala estufada de propinas da JBS – 10 mil notas de R$ 50 somando R$ 500 mil. No mandado de busca e apreensão da Operação Patmos, executado no dia 18 de maio, a Polícia Federal comunicou ter achado os R$ 20 mil em espécie, mas registra não ter confiscado os valores.

“Comunico que no dia de hoje foi dado cumprimento a Mandado de Busca e Apreensão expedido nos autos da Ação Cautelar n° 4328. Além de documentos, foram encontrados aproximadamente R$ 20 000,00 e por ser valor inferior ao autorizado para apreensão, conforme decisão judicial, todas as cédulas foram fotografadas para instrução do processo”, anota o escrivão da Polícia Federal André Luis Acosta dos Santos.

Em áudio gravado por Joesley Batista, acionista da JBS, durante visita ao Palácio do Jaburu, na noite de 7 de março, Temer indica Loures para ser seu interlocutor junto à JBS. Na conversa, o presidente sugeriu que o empresário poderia tratar de qualquer assunto com seu então assessor, o então deputado Rocha Loures.

Loures é acusado de receber propinas de R$ 500 mil semanais em troca de influência sobre o preço do gás fornecido pela Petrobras à termelétrica EPE – o valor da propina, supostamente “em benefício de Temer”, como relataram executivos da JBS, é correspondente a 5% do lucro que o grupo teria com a manobra.

Esta semana, o peemedebista perdeu o cargo de deputado federal após a demissão de Osmar Serraglio do Ministério da Justiça. Ele já estava afastado pelo Supremo da vaga que ocupava como suplente do ex-chefe da Justiça.

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