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PF abre inquérito para apurar responsabilidade de Pazuello na crise em Manaus

A investigação foi determinada pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF. A corporação tem sessenta dias para concluir apuração

atualizado

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Foto: Divulgação/Caio de Biasi/MS
Eduardo Pañuelo
1 de 1 Eduardo Pañuelo - Foto: Foto: Divulgação/Caio de Biasi/MS

Por determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal abriu inquérito nesta sexta-feira (29/1) para investigar a conduta do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na crise sanitária do Amazonas.

A investigação deve tramitar no Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq) da PF, porque Pazuello, na condição de ministro, tem foro privilegiado. A PF deve agora intimar o titular da Saúde para prestar depoimento sobre as providências tomadas pela pasta.

A autorização para a abertura da investigação sobre a conduta do ministro foi dada na última segunda-feira (25/1).

Lewandowski atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), com base em uma representação apresentada pelo partido Cidadania.

Com isso, Pazuello passou a ser formalmente investigado na Corte.

Na mesma decisão, Lewandowski também mandou a Polícia Federal ouvir o ministro, no prazo de cinco dias a partir da intimação. A corporação terá sessenta dias para concluir o inquérito.

Caos no Amazonas

Manaus tem vivido semanas de caos na saúde pública, em decorrência da explosão no número de casos de Covid-19. Houve falta de oxigênio nas unidades de saúde, levando à morte pacientes que necessitavam de tratamento hospitalar para a doença.

No pedido de abertura do inquérito a PGR afirma que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre um possível colapso do sistema de saúde na capital do Amazonas ainda em dezembro. Entretanto, só enviou representantes ao estado em janeiro deste ano. A denúncia aponta indícios de atraso no envio efetivo de oxigênio hospitalar aos municípios do estado.

Além disso, dentre as providências adotadas pelo governo e relatadas ao STF, está o envio de 120 mil unidades de hidroxicloroquina, fármaco apontado pelo governo como medicamento para tratar a Covid-19. Os efeitos dessa substância contra a Covid-19 não são reconhecidos cientificamente.

Ao relatar a necessidade da investigação, Aras classificou como “gravíssimos” os fatos imputados ao ministro. “Considerando que a possível intempestividade nas ações do representado, o ministro Eduardo Pazuello, o qual tinha dever legal e possibilidade de agir para mitigar os resultados, pode caracterizar omissão passível de responsabilização cível, administrativa e/ou criminal”, diz Aras na denúncia aceita pelo STF.

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A capital do Amazonas sofreu com a falta de oxigênio em janeiro
Em Manaus, familiares de pacientes com Covid-19 fizeram filas enormes para reabastecer cilindros de oxigênio, no Carboxi Gases
Avião decola de Brasília para Manaus com 10 tanques de oxigênio
Tanques foram colocados em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB)
Avião decola de Brasília para Manaus com 10 tanques de oxigênio
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A capital do Amazonas sofreu com a falta de oxigênio em janeiro

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Em Manaus, familiares de pacientes com Covid-19 fizeram filas enormes para reabastecer cilindros de oxigênio, no Carboxi Gases

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Tanques foram colocados em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB)

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Pacientes precisaram ser transferidos do Amazonas para outros estados, após colapso do sistema de saúde em meio à pandemia de Covid-19

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Pacientes com Covid-19 sofreram com a falta de leitos de UTI e de oxigênio, em Manaus (AM), no início deste ano

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Pacientes com Covid-19 sofreram com a falta de leitos de UTI e de oxigênio, em Manaus (AM), no início deste ano

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