Pezão diz que se tornou um “gerente de recursos humanos” no Rio
Governado recorrerá ao STF contra derrubada de vetos a projetos de lei que determinam reajuste salarial a servidores do estado
atualizado
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Ao defender a reforma da Previdência pública como necessária para resolver a crise fiscal dos estados, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), afirmou nesta quinta-feira (23/8) que, por causa dos gastos com pessoal, se tornou um “gerente de recursos humanos”.
“Sou um gerente de RH, cuidando de 440 mil pessoas (número de servidores ativos e inativos) quando tenho 16 milhões (população total do Rio) que querem mais saúde, mais educação, mais segurança na rua”, afirmou Pezão, em discurso na Sessão Especial do Fórum Nacional, organizado pelo economista Raul Velloso, no Rio.
Na noite de quarta-feira (22), Pezão anunciou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) da decisão da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que derrubou os vetos a projetos de lei os quais concediam reajuste salarial a servidores.
Os projetos preveem aumento de 5% aos servidores do Tribunal de Justiça, do Ministério Público e da Defensoria Pública.
O reajuste foi vetado por Pezão sob a alegação de que os aumentos descumprem as regras do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), ao qual o Estado do Rio aderiu. Com o plano de recuperação fiscal firmado junto ao governo federal, o governo fluminense pôde deixar de pagar a dívida com a União.
“Queria pedir desculpas aos servidores pelos atrasos de salários, mas encontramos um caminho, os pagamentos estão em dia”, afirmou Pezão.